EM CARTAZ

"M3GAN 2.0" traz de volta às telas a menina robô criada por IA

Segundo filme da franquia consegue ser melhor do que o original, com uma narrativa de ação contínua, que se assemelha bastante aos longas de super-heróis

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"Jogos Mortais", "Annabelle", "Invocação do Mal", "Sobrenatural", "A Freira", "Maligno" e "M3GAN". Nessa lista de franquias de filmes de terror de sucesso nas bilheterias, o que mais assusta é saber que todas estão no portfólio do cineasta e produtor James Wan, nascido na Malásia e radicado nos Estados Unidos.

Com "M3GAN 2.0", em cartaz nos cinemas, ele completa 40 produções. E tem simplesmente mais 23 em andamento que devem ser lançadas nos próximos quatro anos. Ainda assim, ele consegue tempo para dirigir filmes que o atraem, como os longas de Aquaman para a DC. Aqui, ele entrega a direção a Gerard Johnstone, mas esteve comandando o set durante toda a filmagem.

"M3GAN" foi praticamente uma demanda obrigatória para Wan, porque o mercado real de auxiliares domésticos com IA cresceu exponencialmente, trazendo para a vida das pessoas robôs bem mais complexos do que a empregada doméstica Rosie, do desenho dos Jetsons.



"M3GAN" foi produzido numa corrida para chegar antes de vários projetos semelhantes, como "Sunny", ótima série de menina robô da AppleTV+. Wan já tinha experiência com bonecas assassinas em outra franquia de sucesso, "Annabelle", mas nela o foco não é a tecnologia, apenas uma possessão demoníaca.

Comparando as duas franquias, a história de uma menina robô criada com IA que detonou bilheterias em 2022 supera a boneca com o diabo no corpo e, neste "M3GAN 2.0", consegue uma proeza nesse filão do cinema: o segundo filme é melhor do que o original.



Sustos na plateia



O segredo para não ser mais do mesmo está numa mudança radical. O primeiro longa é definitivamente um filme de terror, cumprindo sua missão essencial de dar sustos na plateia. Em sua continuação, esse caráter é substituído por uma narrativa de ação contínua, que se assemelha bastante aos filmes de super-heróis.

Allison Williams e Violet McGraw retornam, respectivamente, a seus personagens de tia e sobrinha. A especialista em robótica Gemma, profundamente arrependida de ter criado uma boneca para ser babá de Cady, passa a ser uma ativista em campanhas para o uso consciente e controlado da IA.



Gemma conseguiu salvar Cady de uma descontrolada Megan no final do primeiro filme, e acredita ter destruído completamente sua invenção. E o segundo começa com a aparição de outra robô, Amelia, usada em missões criminosas.

O governo vai atrás de Gemma, interrogando a cientista para descobrir como sua tecnologia foi perpetuada. Um agente federal passa a desconfiar que Gemma esteja por trás dessa nova boneca assassina.

Quando ela e Cady precisam fugir do Exército e da nova robô, vem a surpresa: Megan está, digamos, "viva", se escondendo dentro de outros sistemas de IA. Para enfrentar Amelia, Gemma toma a difícil decisão de construir um novo corpo para Megan. A aposta da cientista é que sua criatura cibernética continue seguindo a premissa primordial de proteger Cady.

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O medo de que Megan saia mais uma vez do controle mantém muita tensão durante toda a narrativa, que passa a ser um jogo de gato e rato entre as duas bonecas com IA. É nessa dinâmica que o roteiro mostra criatividade.

Entre as ótimas cenas de ação, uma em particular é surpreendente. Quando soldados invadem a casa de Gemma e Cady, Megan ainda não tem um novo corpo, então usa seu ilimitado poder de conexão com qualquer máquina eletrônica para controlar todos os eletrodomésticos de Gemma que têm dispositivos de IA. Assim, os invasores passam a ser atacados pela geladeira, pelo aspirador de pó e por várias outras máquinas de defesa improvisadas.

"M3GAN 2.0" é um bom entretenimento juvenil, um gibizão na tela. Quando o roteiro tenta expor uma discussão mais densa sobre os riscos da utilização desenfreada da inteligência artificial, o resultado é raso, de uma simplicidade constrangedora. Não é a praia de Wan, mas como essa questão está no centro de discussões globais, é praticamente impossível fugir do tema.

De volta ao cinema de ação, é preciso reconhecer que a história dá algumas derrapadas em sua parte final, caindo em muitos clichês dos enredos com vilões em busca de dominação mundial. Há um excesso de falação. Definitivamente, "M3GAN 2.0" se sai bem melhor com as ações do que com as palavras.

E é bom dar mais um crédito para Wan, que se sai bem na tentativa de produzir um segundo filme que pode perfeitamente ser assistido por quem não viu o original. Esse conhecimento prévio é dispensável. Basta ao espectador saber para qual menina robô ele deve torcer. (Thales de Menezes/Folhapress)



“M3GAN 2.0”

  • Produção Estados Unidos (James Wan /2025), com direção de Gerard Johnstone.
  • No elenco, Allison Williams, Violet McGraw e Jenna Davis.
  • Em cartaz nas salas do Shopping Boulevard, BH-Shopping, Diamond Mall, Pátio Savassi, Minas Shopping, Shopping Cidade, Shopping Del Rey, Via Shopping e Itaú Power (Contagem)

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