x
Na Pampulha

Exposição 'Maravilha' destaca a importância do Brasil modernista

Arquitetura brasileira é tema de exposição de fotos que será aberta nesta sexta-feira (14/3), na Casa do Baile

Publicidade
Carregando...


Tudo começou na expedição ao Brasil iniciada em 2007, que prosseguiu nos anos seguintes. O fotógrafo, pintor e artista plástico espanhol José Manuel Ballester e o escritor e crítico de arte Juan Manuel Bonet resolveram atravessar o Atlântico para fazer registros fotográficos da São Paulo moderna e dinâmica para uma futura exposição sobre a maior metrópole da América Latina. A curadoria ficaria por conta de Bonet.

Bonet queria que Ballester retratasse a cidade arquitetônica, ou seja, “a São Paulo de Gregori Warchavchik (1896-1972), de Rino Levi (1901-1965) e, sobretudo, de Oscar Niemeyer (1907-2012)”, lembra ele.

A dupla teve de aumentar o escopo ao conhecer o Rio de Janeiro. Na capital fluminense, Bonet e Ballester viram outra metrópole dinâmica, com criações modernistas de Lúcio Costa (1902-1998), Roberto Burle Marx (1909-1994) e Niemeyer. “Em Brasília, foi a mesma coisa”, diz Bonet. Em Salvador, idem, com a herança arquitetônica que Lina Bo Bardi (1914-1992) deixou na primeira capital do Brasil.

O foco da dupla passou, então, a ser retratar o país como referência do modernismo. A exposição que Bonet imaginou em 2007 será aberta nesta sexta-feira (14/3), na Casa do Baile, na Pampulha, com o sugestivo nome de “Maravilha”.

“No Brasil, a modernidade produziu frutos muito diferentes de qualquer outro país, em termos de planejamento urbano e cidade moderna. Nos anos 1920 e 1930, coisas muito modernas estavam sendo feitas neste país”, avalia o crítico Juan Manuel Bonet.

“Maravilha” é homenagem ao Brasil feita por um escritor fascinado pelo país há anos e pelo fotógrafo especializado em ambiente urbano, meio ambiente e arquitetura. O entusiasmo de ambos é reflexo da percepção sobre como o Brasil adaptou a modernidade aos trópicos, dando origem à nova arquitetura baseada em referências na área, como Le Corbusier (1887-1965).

Ballester já registrou o urbanismo de Pequim e Xangai, na China; a paisagem poluída de Vizcaya, nos EUA; e as montanhas de Guilin, também na China.

Na excursão pelo Brasil, ele fotografou o Edifício Copan e o Pavilhão da Bienal, na capital paulista, o Teatro Popular de Niterói (RJ) e o Solar do Unhão, em Salvador (BA). Essas imagens fazem parte de “Maravilha”.

A exposição começou em 2007, mas não acaba aqui, avisa Ballester. Na semana que vem, ele e Bonet vão percorrer Belo Horizonte e o interior de Minas Gerais em busca de novos registros, que serão incorporados a “Maravilha”.

“Em Belo Horizonte, cidade que não conhecíamos, estamos vendo muitas obras modernistas de Niemeyer e Burle Marx – inclusive, a Casa do Baile é projeto dos dois. Ao que parece, a cidade tem um dinamismo extraordinário, onde a natureza se faz muito presente”, acrescenta o fotógrafo, sugerindo que, em breve, a Igrejinha da Pampulha e a Casa do Baile farão parte da coleção.

“MARAVILHA”


Mostra de fotos de José Manuel Ballester, com curadoria de Juan Manuel Bonet. Desta sexta-feira (14/3) até 13 de maio, na Casa do Baile (Av. Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha). Visitas de quarta a domingo, das 10h às 18h. Entrada franca.

Tópicos relacionados:

arquitetura exposicao modernismo niemeyer

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay