Folião do bloco Juventude Bronzeada durante desfile na Avenida Assis Chateaubriand, no dia 4 de março de 2025 crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press
Os moradores de Belo Horizonte têm o costume de ler, jogar videogame e visitar locais históricos. Vão a shows, teatro e cinema, mas preferem ficar em casa quando o assunto é feira e sarau. O carnaval é o evento cultural mais importante da cidade e o feijão é o alimento que mais representa a gastronomia de BH.
Todas essas informações fazem parte da pesquisa “Cultura das capitais”, realizada pela JLeiva Cultura & Esporte, que analisa o comportamento cultural de moradores das 26 capitais e do Distrito Federal. Os dados serão divulgados nesta quarta-feira (12/3), no site culturanascapitais.com.br.
“Cultura das capitais” considera o universo de 37,5 milhões de moradores das capitais, com base no Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram entrevistadas 19.500 pessoas presencialmente, sendo 600 moradoras de Belo Horizonte.
As entrevistas ocorreram entre fevereiro e março de 2024 e as perguntas não tinham respostas pré-definidas para serem escolhidas pelos entrevistados. O questionário referia-se às práticas culturais da pessoa ao longo dos 12 meses anteriores.
De acordo com o levantamento, as práticas culturais mais recorrentes dos moradores de Belo Horizonte são ler (61% responderam que leram ao menos um livro nos últimos 12 meses), jogar games eletrônicos (56%), visitar locais históricos (48%), ir ao cinema (47%) e a shows de música (45%).
A pesquisa considerou os entrevistados que responderam mais de uma prática cultural, de modo que o somatório de todo o percentual é superior a 100%.
Quando se perguntou o espaço mais visitado, a Praça da Liberdade foi mencionada por 25% dos moradores de Belo Horizonte. Na sequência, vieram centro cultural (10%), espaços/eventos esportivos/de lazer (6%), espaços religiosos (4%), teatro (4%), museus e exposições (3%), cinema (3%). A resposta era aberta e as pessoas poderiam citar qualquer local. Foram citados mais 470 locais. Para facilitar a análise, as respostas foram agrupadas por categoria.
Praça da Liberdade, local preferido do belo-horizontino, ganha iluminação especial na época do Natal Marcos Vieira/EM/D.A Press
Entre os museus mais frequentados, estão CCBB-BH (23%), Circuito Cultural Praça da Liberdade (13%), Museu em Belo Horizonte (12%), Museu em Ouro Preto (4%), Palácio das Artes (4%), Inhotim (4%), Museu de Arte da Pampulha (3%), Praça da Estação (3%), Museu do Amanhã (2%), Museu das Minas e do Metal (2%), Museu de Mineralogia (2%), Museu da Inconfidência (2%), Museu do Ouro/Casa da Intendência (2%), Museu de Ciências Naturais da PUC Minas (2%), Museu da Moda de Belo Horizonte (1%), Museu do Café (1%) e Museu de Arte de São Paulo (1%).
De acordo com os responsáveis pela pesquisa, “Museu em Belo Horizonte” significa que a pessoa se lembra de que o último museu visitado foi em BH, mas não sabe qual.
CCBB, na Praça da Liberdade, é o museu preferido em BH. Em julho de 2024, Leda Lima levou até lá os filhos Miguel e Henry para curtir a exposição sobre Ziraldo Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Quem citou o Museu de Arte da Pampulha, fechado desde 2019 para reforma e sem previsão de reabertura, são pessoas que "provavelmente tenham passado na frente do espaço nesse período. Isso tende a acontecer com espaços culturais localizados em áreas de grande visitação”, explica a JLeiva, por meio de sua assessoria de imprensa.
A empresa responsável pelo levantamento alega que “isso não impacta o resultado dos outros museus (na pesquisa). E é importante a gente ter consciência de que muitas vezes as pessoas não recordam o nome dos museus ou exposições que visitaram”.
Sertanejo supera rock e MPB
“Cultura das capitais” também avaliou o gosto musical dos moradores da cidade. Sertanejo é o preferido, sendo mencionado por 47% dos entrevistados. Em seguida, citaram rock (27%), MPB (26%), pop (21%), gospel (20%), pagode (18%), funk (16%), rap (11%), samba (11%), música erudita (10%), forró (6%), música romântica (5%), internacional (4%), eletrônica (3%), música baiana (3%), hip-hop (2%), religiosa (2%) e jazz/ blues/ soul/country/infantil/bolero (1%).
O levantamento concluiu ainda que 37% dos belo-horizontinos praticam atividades culturais e que 86% consideram arte e cultura essenciais para a vida e o bem-estar.
Música sertaneja é a preferida de 47% dos entrevistados. Eventos do gênero atraem multidões à Esplanada do Mineirão Leandro Couri/EM/D.A Press
Outro tópico analisado pela pesquisa foi o carnaval. O evento foi considerado o mais importante do segmento cultural por 19% dos entrevistados, à frente de música (13%), teatro (8%), festa junina/arraial (7%), museu/exposição/centro cultural (5%), feiras (4%), religiosos/espirituais (4%), dança (4%), espaços e eventos esportivos (4%), e praças e parques (4%).
O sábado do Carnaval de BH abriu com o tradicional "Então Brilha!" antes do raiar do Sol, na Contorno e foram até a Rua da Bahia Leandro Couri/EM/D.A Press
O sábado do Carnaval de BH abriu com o tradicional "Então Brilha!" antes do raiar do Sol, na Contorno e foram até a Rua da Bahia Leandro Couri/EM/D.A Press
O sábado do Carnaval de BH abriu com o tradicional "Então Brilha!" antes do raiar do Sol, na Contorno e foram até a Rua da Bahia Leandro Couri/EM/D.A Press
O sábado do Carnaval de BH abriu com o tradicional "Então Brilha!" antes do raiar do Sol, na Contorno e foram até a Rua da Bahia Leandro Couri/EM/D.A Press
O sábado do Carnaval de BH abriu com o tradicional "Então Brilha!" antes do raiar do Sol, na Contorno e foram até a Rua da Bahia Leandro Couri/EM/D.A Press
O sábado do Carnaval de BH abriu com o tradicional "Então Brilha!" antes do raiar do Sol, na Contorno e foram até a Rua da Bahia Leandro Couri/EM/D.A Press
O bairro do Pompeia, na região Leste de BH, foi tomado pelo "Tchanzinho Zona Norte" ainda pela manhã Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
O bairro do Pompeia, na região Leste de BH, foi tomado pelo "Tchanzinho Zona Norte" ainda pela manhã Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
O bairro do Pompeia, na região Leste de BH, foi tomado pelo "Tchanzinho Zona Norte" ainda pela manhã Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
O bairro do Pompeia, na região Leste de BH, foi tomado pelo "Tchanzinho Zona Norte" ainda pela manhã Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
O bloco "Quando Come Se Lambuza" movimentou a Avenida Afonso Pena com repertório que foi do axé ao pagode Leandro Couri/EM/D.A Press
O bloco "Quando Come Se Lambuza" movimentou a Avenida Afonso Pena com repertório que foi do axé ao pagode Leandro Couri/EM/D.A Press
O bloco "Quando Come Se Lambuza" movimentou a Avenida Afonso Pena com repertório que foi do axé ao pagode Leandro Couri/EM/D.A Press
O bloco "Quando Come Se Lambuza" movimentou a Avenida Afonso Pena com repertório que foi do axé ao pagode Leandro Couri/EM/D.A Press
O bloco "Quando Come Se Lambuza" movimentou a Avenida Afonso Pena com repertório que foi do axé ao pagode Leandro Couri/EM/D.A Press
O bloco "Quando Come Se Lambuza" movimentou a Avenida Afonso Pena com repertório que foi do axé ao pagode Leandro Couri/EM/D.A Press
O bloco "Quando Come Se Lambuza" movimentou a Avenida Afonso Pena com repertório que foi do axé ao pagode Leandro Couri/EM/D.A Press
Praça Sete é tomada por multidão em sábado de carnaval Leandro Couri/EM/D.A Press
A chuva que atingiu alguns pontos de BH não desanimou o bloco "Seu Vizinho", na Avenida Mem de Sá, no Santa Efigênia, na região Leste Túlio Santos/EM/D.A Press
A chuva que atingiu alguns pontos de BH não desanimou o bloco "Seu Vizinho", na Avenida Mem de Sá, no Santa Efigênia, na região Leste Túlio Santos/EM/D.A Press
A chuva que atingiu alguns pontos de BH não desanimou o bloco "Seu Vizinho", na Avenida Mem de Sá, no Santa Efigênia, na região Leste Túlio Santos/EM/D.A Press
Boleros, rumbas, salsas, maxixes e até sambas foram a trilha sonora do "Bloco Gafieira" na Praça da Liberdade Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Boleros, rumbas, salsas, maxixes e até sambas foram a trilha sonora do "Bloco Gafieira" na Praça da Liberdade Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Boleros, rumbas, salsas, maxixes e até sambas foram a trilha sonora do "Bloco Gafieira" na Praça da Liberdade Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Boleros, rumbas, salsas, maxixes e até sambas foram a trilha sonora do "Bloco Gafieira" na Praça da Liberdade Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Ao lado de Djonga, de blusa vermelha, está dona Maria Eni, avó do rapper. Depois de levar a vovó para o palco em vários shows, Djonga apresenta dona Maria Eni à multidão de foliões em seu trio elétrico, que movimentou o sábado de carnaval em BH Túlio Santos/EM/D.A Press
A estreia do "Bloco do Djonga" atraiu uma multidão para a Avenida João Pinheiro na altura da Praça da Liberdade, com samba, rap, funk e pagode Túlio Santos/EM/D.A Press
A estreia do "Bloco do Djonga" atraiu uma multidão para a Avenida João Pinheiro na altura da Praça da Liberdade, com samba, rap, funk e pagode Túlio Santos/EM/D.A Press
A estreia do "Bloco do Djonga" atraiu uma multidão para a Avenida João Pinheiro na altura da Praça da Liberdade, com samba, rap, funk e pagode Túlio Santos/EM/D.A Press
A estreia do "Bloco do Djonga" atraiu uma multidão para a Avenida João Pinheiro na altura da Praça da Liberdade, com samba, rap, funk e pagode Túlio Santos/EM/D.A Press
A estreia do "Bloco do Djonga" atraiu uma multidão para a Avenida João Pinheiro na altura da Praça da Liberdade, com samba, rap, funk e pagode Túlio Santos/EM/D.A Press
"Bloco dos Garis" acompanham Bloco da Calixto retirando o lixo que os foliões deixaram para trás Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Chegando ao décimo ano desfilando por BH, o "Bloco da Calixto" foi da rua dos Tamoios para a dos Tupinambás no Centro Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Chegando ao décimo ano desfilando por BH, o "Bloco da Calixto" foi da rua dos Tamoios para a dos Tupinambás no Centro Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Chegando ao décimo ano desfilando por BH, o "Bloco da Calixto" foi da rua dos Tamoios para a dos Tupinambás no Centro Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Chegando ao décimo ano desfilando por BH, o "Bloco da Calixto" foi da rua dos Tamoios para a dos Tupinambás no Centro Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Chegando ao décimo ano desfilando por BH, o "Bloco da Calixto" foi da rua dos Tamoios para a dos Tupinambás no Centro Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
A Praia da Estação, movimento que retomou o carnaval de rua na capital mineira, lotou a Praça Raul Soares, na região Central de BH, e muitos foliões aproveitaram o espelho d'água para se refrescar. Túlio Santos/EM/D.A Press
A Praia da Estação, movimento que retomou o carnaval de rua na capital mineira, lotou a Praça Raul Soares, na região Central de BH, e muitos foliões aproveitaram o espelho d'água para se refrescar. Túlio Santos/EM/D.A Press
A Praia da Estação, movimento que retomou o carnaval de rua na capital mineira, lotou a Praça Raul Soares, na região Central de BH, e muitos foliões aproveitaram o espelho d'água para se refrescar. Túlio Santos/EM/D.A Press
A Praia da Estação, movimento que retomou o carnaval de rua na capital mineira, lotou a Praça Raul Soares, na região Central de BH, e muitos foliões aproveitaram o espelho d'água para se refrescar. Túlio Santos/EM/D.A Press
A cantora americana Taylor Swift foi homenageada pelo bloco "TS Party BR" que agitou o Barro Preto Marcos Vieira/EM/D.A Press
A cantora americana Taylor Swift foi homenageada pelo bloco "TS Party BR" que agitou o Barro Preto Marcos Vieira/EM/D.A Press
A cantora americana Taylor Swift foi homenageada pelo bloco "TS Party BR" que agitou o Barro Preto Marcos Vieira/EM/D.A Press
A cantora americana Taylor Swift foi homenageada pelo bloco "TS Party BR" que agitou o Barro Preto Marcos Vieira/EM/D.A Press
Chegando ao décimo ano desfilando por BH, o "Bloco da Calixto" foi da rua dos Tamoios para a dos Tupinambás no Centro Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Os entrevistados novamente responderam ter mais de uma prática cultural, de modo que o somatório de todo o percentual não é igual a 100%.
Ainda que o carnaval seja considerado o evento cultural mais importante, não foi a ele que os moradores da capital mineira mais aderiram. A festa junina é a mais frequentada. Ao responderem à pergunta "De qual tipo de festa popular participou?", 77% disseram ter participado de festa junina, 61% de bloco de carnaval e 39% de desfile de carnaval. Novamente, pelo fato de a pesquisa considerar mais de uma resposta por entrevistado, o somatório é superior a 100%.
Sobre a culinária de Belo Horizonte, 56% dos entrevistados pela JLeiva disseram que o feijão (incluindo feijoada, tropeiro e tutu) melhor representa a cidade. Na sequência, vieram lanches e petiscos (21%), frango e outras aves (14%), massas (6%), carnes (3%), bebidas (2%).
O estudo contou com a participação de homens e mulheres de todas as raças e classes sociais maiores de 16 anos.