Walter Romano
Walter Romano
Um apaixonado por comunicação, tecnologia e pelas boas histórias que nos conectam. Eterno aprendiz, curioso professor e estrategista digital.
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Entre o robô e o divã: a privacidade que a IA não garante

O alerta de Sam Altman sobre a falta de sigilo nas conversas com o ChatGPT expõe o risco de confiar segredos a uma máquina

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Você dividiria seus traumas com um desconhecido? E se esse confidente fosse um robô, sempre disponível, aparentemente acolhedor, mas incapaz de prometer sigilo? Milhões de pessoas já fazem isso diariamente com o ChatGPT e outras plataformas de inteligência artificial (IA). Procuram alívio, clareza ou apenas um momento de escuta. O problema é que nada do que se diz a uma IA está protegido por lei.

Quem acendeu o alerta foi Sam Altman, CEO da OpenAI, em uma entrevista recente ao podcast This Past Weekend with Theo Von. Ele disse: “As pessoas contam as coisas mais pessoais de suas vidas para o ChatGPT, mas a indústria ainda não resolveu a questão da confidencialidade dessas conversas”.

Ao contrário das trocas com psicólogos, médicos ou advogados, que contam com proteção legal rígida, conversas com inteligências artificiais podem ser acessadas por equipes técnicas ou até requisitadas judicialmente.

Altman foi direto ao reconhecer que o uso “terapêutico” da IA cresceu mais rápido que a legislação sobre privacidade de dados sensíveis. Em outras palavras, confiar sua intimidade a uma IA pode parecer seguro, mas está longe de ser confidencial.

A inteligência artificial está cada vez mais presente em nossa vida cotidiana, mas ainda não criamos mecanismos claros para garantir a proteção de quem interage com ela. O alerta de Altman escancara um dilema contemporâneo: até onde podemos confiar em uma tecnologia que simula escuta, mas não devolve cuidado?

Antes de abrir sua alma para uma I.A., vale se perguntar com quem, de fato, você está compartilhando seus segredos. Talvez seja melhor procurar uma pessoa real, profissionalmente capacitada para um processo terapêutico - e também para resguardar a confidencialidade do que você contar a ela.

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E para terminar, arrisco aqui uma paródia musical. Que tal cantar comigo?

“O que é que eu vou fazer com essa tal privacidade, se tô na solidão usando o GPT…”.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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