
Confia e segue
"Prefiro acreditar que sem confiança nada pode ser construído ou transformado"
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Quando li a notícia sobre a queda do avião da Air Índia há alguns dias eu estava dentro de um elevador. Além de me comover, frente a desastres, tenho o hábito de refletir sobre como eu reagiria caso algo semelhante acontecesse comigo.
Me considero destemida porque confio que, por onde passo, a responsabilidade impere. Caso contrário, estaria subindo a pé os onze lances de escada até chegar onde eu pretendia naquele momento, ou pior, estaria imobilizada em algum ponto irreal e inexistente desse vasto mundo.
Além de confiar nos técnicos de manutenção dos elevadores, os quais não conheço, sei que preciso confiar em quem calculou cada metro quadrado daquele prédio, daquela rua e todos os canais que ela esconde e suas extensões; nos mecânicos que apertam os parafusos e parafusetas do carro que guio e nos que conduzem os seus. Ou seja, preciso confiar em cada um com o qual divido espaço.
Não há como viver sem acreditar que o ser humano é bom no que faz ou esteja sobre a orientação e supervisão de quem o seja. Nesse momento me preparo para iniciar uma saga de quatro voos até que chegue ao meu destino final. Serão cerca de 20 horas de voo no intervalo de três dias, começando em grandes aeronaves e terminando naquele tipo pequeno que carrega de tudo, inclusive pintinhos de granja vivos, literalmente falando.
Há quem tente me dissuadir e me convencer que confiança demais um dia me levará a um lugar indesejado, mas prefiro acreditar que sem ela nada pode ser construído ou transformado. Aliás, ao final, chegaremos todos no mesmo lugar, uns livres, leves e soltos e outros carregando pesos que não lhes pertencem. O que me move é a fé que tenho na vida, nos homens e no que virá.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.