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Orion Teixeira
Além do fato

Chegada de Kalil atrapalha Pacheco e afeta Simões

O receio dos aliados de Simões é com o poder de fogo e de desconstrução do ex-prefeito sobre os dois mandatos de gestão do Novo em Minas

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Ao filiar-se ao PDT, o ex-prefeito Kalil volta ao jogo político para embaralhar o ainda não definido quadro da sucessão eleitoral a governador e a presidente em Minas do ano que vem. A entrada dele no cenário como pré-candidato vai incomodar os pré-candidatos já posicionados e o meio político que tem dificuldades em lidar com seu estilo.

É sabido que boa parte de deputados e prefeitos ficam desconfortáveis diante desse político que não segue, não gosta ou não sabe fazer política. Entre aliados do vice-governador, a avaliação é que ele seria o candidato mais temido por Mateus Simões (Novo).

O receio dos aliados de Simões é com o poder de fogo e de desconstrução do ex-prefeito sobre os dois mandatos de gestão do Novo em Minas. O pré-candidato e senador Rodrigo Pacheco (PSD) já foi aliado e partidário do ex-prefeito, mas não cultivam relacionamentos. Pacheco não manifesta disposição para confrontos. Com Kalil no páreo, sua indecisão poderá aumentar.

 

Por conta da indefinição e possível desistência do senador, Lula e aliados começam a pensar em um plano B. A única opção para eles seria o próprio Kalil, que já disputou o cargo como aliado em 2022. De lá pra cá, o presidente e seu partido abandonaram o ex-prefeito, que rejeita a reaproximação. Pelo menos, por enquanto. Muita coisa poderia mudar com um afago de Lula a Kalil. Junte-se a isso uma campanha melhor estruturada do que a de 2022, as chances do ex-prefeito ficariam bastante ampliadas. O problema de Lula é ter um palanque forte no estado que é definidor das eleições presidenciais.

 

Arrepio no plenário

A delegada Kelly Batista, responsável pela Operação Rejeito na Polícia Federal, deverá apresentar, nesta sexta, a conclusão do inquérito que investiga a organização criminosa da mineração pirata em Minas. Quem já viu deixou até um alerta para as lideranças da Assembleia Legislativa sobre o envolvimento de alguns deputados estaduais no esquema. A Operação Rejeito investiga pagamento de propinas a servidores estaduais e federais da área ambiental, com movimentação suspeita de R$ 1,5 bilhão e ganhos ilícitos de R$ 18 bilhões.


Sigilo e mentiras

Informação de dentro da Goldman Sachs aponta que a empresa fez, sim, a avaliação da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge/Codemig) e não projeção como diz a diretoria da estatal. O valor estimado pela instituição financeira ultrapassaria os R$ 40 bilhões. A Codemge impôs sigilo de 15 anos sobre 13 de seus documentos.

O jogo de esconde-esconde ignora a transparência, o patrimônio público e atropela até a própria Assembleia Legislativa que está avalizando a negociação entre dois governos, o mineiro e o federal. A estatal será federalizada para abater a dívida de Minas, de R$ 170 bilhões, com o governo federal.

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TCMG pode quebrar sigilo

Se a Assembleia Legislativa foi ignorada, o mesmo não deverá acontecer com o Tribunal de Contas de Minas. O órgão será acionado nos próximos dias sobre esse novo sigilo da Codemig. A posição do Tribunal poderá repetir decisão recente na qual obrigou a estatal a prestar contas de sua controlada, a Comipa (Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá). De acordo com o argumento da Corte, se a estatal é mantida pelo dinheiro público, cujo principal acionista é o Estado de Minas Gerais, não havia razão para não ter as contas fiscalizadas.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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