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Orion Teixeira
OPINIÃO

Kassab rifa Pacheco e acena para Simões

"A fala de Kassab deu ruim e são esperadas, para hoje, reações nervosas a essa posição"

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O controverso presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, rifou o senador Rodrigo Pacheco, pré-candidato a governador, e abriu as portas para o vice-governador Mateus Simões (Novo). O que disse o dono do PSD? “Rodrigo é uma pessoa muito bem preparada, mas o sonho legítimo dele é ir para o Supremo Tribunal Federal, e o ministro Luís Roberto Barroso voltou a falar em deixar a Corte. Por isso, eu também não desprezo o Mateus como um bom nome”, admitiu Kassab em entrevista a O Globo.

 

 

 

A fala de Kassab deu ruim e são esperadas, para hoje, reações nervosas a essa posição, que, praticamente, deprecia, ou descarta, a pré-candidatura de Pacheco ao Governo de Minas. Simões é pré-candidato assumido e, há mais de um ano, abriu negociações com o PSD, convencido de que Pacheco será candidato e que o próprio partido não lhe oferece competitividade. O Novo não tem fundo partidário robusto para uma campanha estadual, nem tempo de TV e rádio no horário gratuito eleitoral.

 

Há informações de que o assunto estaria superado e que o Novo não concorda com a estratégia de Simões. Outros defendem até que Zema não se desincompatibilize (renuncie) do cargo para que Simões assuma o comando do governo no ano que vem.

Também existem indefinições nacionais que, não há dúvidas, irão impactar o cenário estadual. Kassab comanda o PSD no país e em todos os estados, já que os diretórios regionais são provisórios. Por outro lado, dependendo do rumo nacional, Kassab poderá liberar os estados. Nesse caso, as lideranças de Pacheco e do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) poderão prevalecer.

 

Cássio rejeita opção de Pacheco

Para o presidente estadual do PSD, Cassio Soares, se Pacheco for candidato a governador, não será pelo seu partido. “Estamos distantes do campo político que Pacheco milita. Ele está próximo do presidente Lula, mas nós estamos distantes disso”, admitiu Cássio, reafirmando que a bancada de 11 deputados do partido está alinhada com o governo Zema e é simpática à futura candidatura de Simões a governador. Deputado estadual, Cássio deve se candidatar a deputado federal em 2026. Sua região, o Sudoeste mineiro, é antipetista. Por outro lado, os prefeitos que o apoiam “adoram” Pacheco.

Senador tem apoio de prefeitos

A admiração dos prefeitos do Sudoeste mineiro e de outras regiões por Rodrigo Pacheco tem relação direta com o apoio do senador às gestões municipais na liberação de emendas parlamentares. Segundo avaliação geral, Pacheco foi o parlamentar que mais direcionou emendas para os municípios mineiros durante os quatro anos em que comandou o Senado e o Congresso Nacional (2021/2025).

 

Solução seria outro partido

Diante disso, se for candidato, Pacheco poderá mudar de partido já que o PSD mineiro ficou governista, a favor de Zema/Simões. A opção dele seria o União Brasil, partido de seu principal aliado e atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

 

 

Caixa preta de Zema e Simões

Se não for agora, será no ano que vem, em plena campanha eleitoral. Afinal, cadê a lista dos empresários beneficiados por Zema com a renúncia fiscal que, em 2026, chegará a R$ 25 bilhões. O governo se nega a abrir a caixa preta. Além da falta de transparência do partido Novo, que dizia ser diferente, a revelação deverá expor empresários aliados e apoiadores da legenda. Caso mantenha o segredo, segundo o governo, por razões de segurança, Simões e Zema serão cobrados na campanha eleitoral do ano que vem. No exercício de governador, Simões prometeu abrir, mas não o fez, desculpando-se por ter deixado a interinidade.

 

Kalil: “Querem me tirar do páreo”

Essa foi a reação do ex-prefeito Alexandre Kalil (sem partido) ao comentar a decisão judicial que, em 1ª instância, suspendeu seus direitos políticos por 4 anos por causa de uma cancela de condomínio. “Não sei do que se trata. Mas parece que querem que eu não seja candidato ao Governo de Minas (em 2026). É de rir. E isso acontece justamente depois que estou liderando pesquisas para governador. Com certeza essa decisão vai cair. A que ponto chegamos”, disse Kalil, ao reclamar razoabilidade e proporcionalidade na decisão que teria ignorado o domínio do fato. A sentença aponta que Kalil (prefeito de BH de 2017 a 2022), teria permitido que um condomínio de luxo na capital mantivesse guaritas e restrições de acesso às vias públicas.

 

PT fica descartado

No Espírito Santo, os aliados do pré-candidato a governador e atual vice, Ricardo Ferraço (MDB), tiraram o PT da futura chapa eleitoral. A situação deve reeditar a campanha eleitoral de reeleição (2024) do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), falecido cinco meses após a vitória. A rejeição petista deve se repetir em outros estados.

 

Copasa e obstrução bolsonarista

O assessor institucional da Copasa, Charlles Evangelista, terá que explicar o que estava fazendo na Câmara dos Deputados no dia em que bolsonaristas obstruíram o plenário da casa. “Tais esclarecimentos se fazem necessários, tendo em vista a necessidade de legalidade nas relações de trabalho na administração pública, o impedimento de desvio de função no exercício do cargo público ocupado, bem como o interesse público na preservação da credibilidade dos quadros da administração indireta, especialmente em áreas essenciais para o Estado, como é o caso da Copasa”. A justificativa é da deputada Beatriz Cerqueira(PT), autora da iniciativa para convocar o assessor a se explicar na Assembleia Legislativa.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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