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Orion Teixeira
ALÉM DO FATO

Bolsonaro descarta Zema e família; precisa de Tarcísio

Zema foi a Brasília atrás de Bolsonaro para pedir autorização para ser candidato dele no ano que vem. Voltou de mãos vazias

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Os últimos dias foram de turbulência na seara bolsonarista, com filhos trocando ofensas com o principal aliado. Na briga pela herança bolsonarista, o filho 03 foi tentar a vida lá fora para ver se ganha relevância aqui, no Brasil. Esperneou nos EUA até convencer o presidente Donald Trump a direcionar suas loucuras contra o Brasil.

O que ganha Eduardo Bolsonaro com isso? Prejudica o Brasil, mas conta, em sua narrativa, que teve ato heroico contra o que chama de ditadura do STF. Não importa se o tarifaço trumpista vai desempregar e fechar empresas por aqui. Ele não faz isso pelo pai, para livrá-lo da iminente prisão, mas para si mesmo, buscando relevância para herdar o legado político de Bolsonaro. Na hora do vamos ver, quer provar que é melhor que Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, o nome mais forte e competitivo do bolsonarismo.

O governador paulista é a principal pedra no caminho dele. Ainda nesta semana, Bolsonaro acendeu o fogo amigo. Enviou vídeo para blogueiros aliados para contestar a emissora bolsonarista Jovem Pan, que teria divulgado que o ex-presidente, seus filhos e Michelle estariam fora do jogo. Nos comentários, os porta-vozes bolsonaristas detonaram a emissora paulista, afirmando que ninguém mais lhe dá importância.

Na última segunda-feira, o governador Zema foi a Brasília atrás de Bolsonaro para pedir autorização para ser candidato dele no ano que vem. Voltou de mãos vazias. A falta de competitividade e de presença nacional do mineiro e o amadorismo do filho levaram Bolsonaro a descartá-los.

Quem tem proximidade, ainda que indireta com Bolsonaro, conta que ele só tem um objetivo hoje: não ficar preso. E que o único nome que pode lhe oferecer isso com mais segurança é uma candidatura presidencial que vença as eleições para lhe dar o indulto. Ou até antes, com o bom trânsito que tem junto ao STF, Tarcísio poderia tentar diminuir o desconforto de Bolsonaro com uma domiciliar. Isso é o que mais deixa irritado o filho 03, porque a escolha do pai será pragmática.

Pacheco a Simões: quer sentar-se na janela?

O senador Rodrigo Pacheco (PSD) deixou o estilo cauteloso e assumiu postura de pré-candidato e do campo de oposição ao governo mineiro. Ao repercutir a recente fala do vice-governador Mateus Simões (Novo), de que irá receber o apoio do seu partido à pré-candidatura dele a governador, o senador reagiu. Segundo Pacheco, seu partido não irá trocar um caminho sustentável para ficar com um “projeto ineficaz”, referindo-se ao governo Zema e o partido Novo. “O PSD não nasceu para ser coadjuvante”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia, na segunda(14). Com a iniciativa, Pacheco marcou território e deu um ‘chega pra lá” em Simões, como quem diz ‘está muito afoito’, ‘querendo chegar agora e sentar-se na janela’. Pacheco acha mais confortável ficar no PSD, onde teria melhores chances eleitorais. A reação de Pacheco levou a direção do Novo a garantir nessa quarta (16): Simões fica. 

Zema apela a Pacheco

No mesmo dia em que se reuniu com Bolsonaro, Zema (Novo) aproveitou para pedir ajuda ao senador Rodrigo Pacheco, que é o nome mineiro com maior trânsito em Brasília. Ao contrário do governador, Pacheco fala, a hora que quer, com os presidentes do Congresso Nacional e com o Ministério da Fazenda. Por isso, o governo Zema levou dois pedidos ao senador. No primeiro deles, Zema pediu para que o senador ajudasse a derrubar os vetos presidenciais ao Propag, o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados. O projeto é de autoria de Pacheco, que se mostrou empenhado e convencido da possibilidade. O segundo pedido foi feito por uma turma do BDMG, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, para que ele representasse Minas no Ministério da Fazenda. Pacheco não fez cara de oposição. Na terça passada, o senador se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para viabilizar um empréstimo de US$ 200 milhões ao BDMG. E mais, o empréstimo será feito pelo Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do Brics, que tem no comando a ex-presidente Dilma Rousseff.

Corrida pela 2ª vaga ao TCE

Definida a primeira das três vagas da Assembleia Legislativa para o Tribunal de Contas, agora, ou a partir do fim do recesso, começará a corrida pela segunda. Estão no páreo os deputados Thiago Cota (PDT), Ulisses Gomes (PT), Tito Torres (PSD) e Sargento Rodrigues (PL) e a deputada Ione Pinheiro. Cada um deles trabalha com um trunfo a seu favor. Cota quer vir com o apoio do governo; Ione com a condição feminina; Ulisses tem os votos do bloco que lidera, Tito Torres é aliado de primeira hora do presidente da Assembleia, Tadeu Leite (MDB), e Rodrigues por ter desistido da disputa na 1ª vaga. Já a 3ª vaga, deputados dizem que ficará para depois das eleições de 2026. 

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Demitido e cotado

Menos de mês após ser demitido pelo governador do Pará, Helder Barbalho, da Secretaria de Educação, Rossieli Soares é cotado ao mesmo cargo em Minas. Ao tomar conhecimento da mudança, deputados da oposição descobriram pelo Google que a demissão dele teria relação com improbidade administrativa em ação movida pelo Ministério Público do Estado do Amazonas. Vem dor de cabeça aí.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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