Pacheco defende PT e apresenta três metas para 2026
Senador agradeceu manifestações de apreço de petistas por eventual candidatura a governador e disse que não abrirá mão de possível apoio do partido e de Lula
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Em uma nota de apenas dez linhas, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) admitiu na terça-feira (8/7), pela primeira vez, sua pré-candidatura a governador em 2026 e ainda apresentou três metas. A manifestação tinha o objetivo inicial de contestar notícia segundo a qual ele estaria excluindo o PT de sua possível chapa em função da alta rejeição petista. Por meio dela, Pacheco foi além.
Em sua nota, o senador agradeceu as manifestações de apreço de petistas por sua eventual candidatura a governador e disse que não abrirá mão de possível apoio do partido e do presidente Lula (PT). “Apoio não se dispensa e algo importante nos une”, disse ele ao revelar os três objetivos: a reeleição do presidente Lula, a defesa da democracia e o desejo de melhorar a vida dos mais pobres.
Ao encerrar a curta declaração, o senador avisou que não há “absolutamente nada” definido com relação à candidatura e a possíveis coligações. “Haverá um momento certo para essa discussão e os partidos definirão seus rumos”, acrescentou, desfazendo compromissos com a polarização que insiste em pautar a política e as eleições.
Os rumos aos quais o senador se referia têm relação com o futuro de cada um. O PT, por exemplo, é um partido rachado, que sequer tem consenso para eleger um comando estadual e que poderá ter candidatura própria ou não. Na eleição municipal passada, rachou entre candidatura própria e apoio à reeleição de Fuad Noman, em BH.
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Simões troca marqueteiro
O pré-candidato a governador e atual vice, Mateus Simões (Novo), cedeu às pressões de seu partido e trocou o marqueteiro. Sai Alberto Lage e assume a campanha o mesmo marqueteiro de Zema, Renato Pereira. Conforme adiantamos aqui, na segunda-feira, o secretário de comunicação de Zema, Bernardo Santos, estava insatisfeito e defendia radicalização mais à direita. Poderá se repetir em Minas, nas eleições do ano que vem, a disputa de marqueteiros na eleição do Rio, há quatro anos. De um lado, Pereira, com a campanha de Marcelo Freixo (PSB); do outro, o mineiro Paulo Vasconcelos, com Claudio Castro (PL), que foi reeleito.
Bolsonaros brigam com Nikolas
O racha da semana atingiu o bolsonarismo. O clã bolsonarista entrou em conflito com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e com o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No centro do conflito, a disputa pela herança bolsonarista. Os filhos do ex-presidente, do 01 ao 03, avaliam que eles são os legítimos herdeiros e que os outros apenas surfam na onda do pai.
A briga está polarizada no filho 02, Eduardo Bolsonaro, deputado federal que abandonou o Brasil para viver nos Estados Unidos, pelo menos neste ano, e influenciar a política norte-americana contra o STF. Nesse período, Eduardo produziu mais fakes do que fatos entre os norte-americanos. O maior feito dele, registrado nesta semana, foram as postagens de Trump defendendo Bolsonaro.
Na repercussão dos fatos, os bolsonaros consideraram tímidas as manifestações de Tarcísio e de Nikolas, avaliando que as baixas reações foram tentativas de minimizar o feito de Eduardo. Tudo somado, Eduardo quer se cacifar para ser o candidato presidencial do inelegível contra a alternativa Tarcísio, tido como o mais competitivo. Nikolas, de sua parte, tenta emergir com liderança própria, buscando independência do radicalismo bolsonarista.
PT usa nome de filiado
O PT nacional derrubou a liminar e manteve sua decisão na eleição da seção estadual do partido. Ou seja, a impugnação da candidatura a presidente da legenda em Minas da deputada federal Dandara Tonantzin. O motivo seria a inadimplência dela nas contribuições partidárias. Na política, quando se quer derrubar alguém basta achar uma razão qualquer, ainda que não política. O PT sempre agiu assim e não foram poucos os militantes que foram parar no SPC pelos atrasos.
TCE amplia cotas em concurso
Como adiantamos aqui, o pleno do Tribunal de Contas do Estado aprovou, nessa quarta-feira, a reserva de 30% de vagas para pessoas pretas, pardas e indígenas em concursos públicos. E de mais 2% para pessoa transgênero ao preenchimento dos cargos efetivos do TCEMG. Relatada pelo conselheiro em exercício Licurgo Mourão, a medida foi aprovada por todos os conselheiros e referendada pelo Ministério Público de Contas.
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Dores de cabeça para Damião
Apesar do pouco tempo de gestão, o prefeito Álvaro Damião (União) ficou satisfeito com os resultados da pesquisa Opus, divulgada por este jornal, sobre sua avaliação. Ainda é cedo para comemorar e, antes que seja tarde, é preciso encontrar uma diretriz, uma cara para a administração. Em recente evento no Tribunal de Contas, reafirmou que, sob seu comando, a cidade será do ‘sim’ e que BH terá arranha-céu de 50 andares e bares depois de 22 horas. Com essas ‘modernidades’, só vai arrumar dor de cabeça, além da impressão de que vai ceder à força do poder econômico.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.