Beatriz Bevilaqua
Beatriz Bevilaqua
Jornalista e Comunicadora de Startups. Em 2019 e 2021 foi premiada como Melhor Profissional de Imprensa do Brasil pelo "Startup Awards", maior premiação do ecossistema de startups da América Latina. Instagram @beatrizbevilaqua.
MUNDO STARTUP

Fintech mineira Portão 3 conquista América Latina

Saiba como o foco no cliente levou a startup a escalar para países latino-americanos

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A consolidação de modelos financeiros mais ágeis e personalizados tem impulsionado o avanço de fintechs orientadas pela experiência do usuário. No Brasil, esse movimento acompanha uma tendência global: segundo relatório do World Economic Forum, 51% das fintechs apontam a demanda por serviços mais centrados no consumidor como o principal motor de crescimento. É nesse cenário que empresas como a Portão 3 (P3) vêm se destacando, mostrando que a centralidade no cliente deixou de ser discurso para se tornar estratégia de negócio.

Fundada em Minas Gerais, a fintech atua na gestão de despesas corporativas e tem como diferencial a unificação de múltiplos fluxos de pagamento em uma única plataforma. A proposta resolve uma dor comum em grandes companhias: a descentralização dos gastos e a dificuldade de obter visibilidade sobre as movimentações financeiras. Hoje, a empresa afirma operar com mais de 4 mil clientes e movimentar cerca de R$ 2B em volume transacional anual.



O crescimento recente do negócio está atrelado a um ambiente que valoriza soluções flexíveis e conectadas à realidade de empresas que precisam escalar com controle. Um estudo da CB Insights mostra que, entre as fintechs que mais crescem na América Latina, 74% oferecem produtos moldados por dados de comportamento do usuário.

A aposta em soluções adaptáveis atraiu capital. Em 2023, a Portão 3 (P3) levantou US$ 3,6 milhões em uma rodada seed liderada pela Better Tomorrow Ventures (BTV), com participação da Fincapital e do programa Endeavor Scale-Up. Segundo a empresa, os recursos foram destinados à expansão da equipe e ao desenvolvimento de novos produtos, como os cartões corporativos integrados à plataforma. Com isso, a companhia passou a disputar espaço em um mercado ainda dominado por grandes bancos e softwares tradicionais.

“Nós entendemos que o cliente corporativo exige clareza, agilidade e integração. A construção foi feita olhando para essas demandas reais, e não com base em soluções genéricas”, afirma o CEO e co-fundador Fernando Nery.

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Mais do que um caso isolado, a trajetória da fintech ilustra como empresas com escuta ativa e resposta estruturada às dores do mercado estão conquistando espaço mesmo diante de uma concorrência consolidada. Em vez de prometer uma disrupção total, essas fintechs crescem ao integrar inovação com pragmatismo — o que tem se mostrado, ao menos até aqui, uma fórmula eficaz para escalar negócios em setores historicamente engessados. 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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