LHG planeja dobrar capacidade em Corumbá com aporte de R$ 4 bi
Com teor de ferro superior a 65%, o minério da região está entre os mais puros do mundo
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Gabriel Guimarães e Eduardo Couto
A LHG Mining, empresa do grupo JBS, anunciou investimentos de R$ 4 bilhões para expandir a produção de minério de ferro de alto teor no Complexo Morro do Urucum, em Corumbá (MS). A meta é mais que dobrar a capacidade atual, elevando-a de 12 milhões para 25 milhões de toneladas anuais. O projeto já foi protocolado junto à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) do Mato Grosso do Sul e prevê a viabilidade operacional por até 40 anos.
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Com teor de ferro superior a 65%, o minério da região está entre os mais puros do mundo, o que pode consolidar a LHG como uma das três maiores detentoras de reservas de alta qualidade globalmente. O plano inclui a construção de duas novas plantas de beneficiamento, correia transportadora, novo terminal rodoviário e sistema automatizado de carregamento ferroviário, com foco em eficiência logística e redução de impactos ambientais.
Segundo o secretário Jaime Verruck, o projeto é estruturante para a economia local e fortalece a cadeia mineral com responsabilidade socioambiental. A empresa também reforçou seu compromisso com práticas de ESG, incluindo gestão hídrica, controle de emissões e desenvolvimento das comunidades vizinhas. A audiência pública está marcada para 30 de setembro em Corumbá.
A LHG destaca que 90% da força de trabalho e fornecedores são sul-mato-grossenses, política que será mantida na nova fase. A expectativa é de arrecadação anual de R$ 350 milhões em tributos e R$ 40 milhões em compensações ambientais, impulsionando o desenvolvimento regional com sustentabilidade. Com informações de Notícias de Mineração.
Vale colhe resultados em minas de Brucutu e S11D
A produção de minério de ferro da Vale alcançou 83,6 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O avanço foi impulsionado pelo comissionamento da quarta linha de processamento em Brucutu (MG) e por um novo recorde trimestral na mina S11D (PA), que produziu 20,9 milhões de toneladas, alta de 7,3% na comparação anual.
Apesar do crescimento no minério, a produção de pelotas caiu 12% no trimestre, somando 7,9 milhões de toneladas, em linha com a revisão do guidance. Já as vendas de minério de ferro totalizaram 77,3 milhões de toneladas, recuo de 3% frente ao 2T24, refletindo a estratégia de priorização de produtos de teor médio.
A Vale também registrou avanços significativos nos metais básicos. A produção de cobre chegou a 92,6 mil toneladas, aumento de 18% e o melhor desempenho para um segundo trimestre desde 2019. No níquel, a produção subiu 44%, atingindo 40,3 mil toneladas, com destaque para a refinaria de Long Harbour, que obteve resultado trimestral recorde. Com informações de Revista Mineração e Sustentabilidade.
Samarco bate novo recorde desde retomada das operações
A Samarco registrou no segundo trimestre de 2025 sua maior produção desde a retomada operacional em dezembro de 2020, atingindo 3,9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro. O volume representa um crescimento de 91% em relação ao mesmo período do ano passado e de 22% frente ao primeiro trimestre deste ano.
Segundo a companhia, o recorde foi possível graças à conclusão do ramp-up, com o alcance de 60% da capacidade produtiva instalada. O desempenho consolida a trajetória de recuperação da mineradora, que tem priorizado práticas sustentáveis e o cumprimento do plano de negócios estabelecido para o novo ciclo.
“Alcançamos uma produção recorde com responsabilidade e sustentabilidade, mantendo nossa função social”, afirmou o diretor de Estratégia, Financeiro e Suprimentos, Gustavo Selayzim. A expectativa da empresa é continuar avançando nos próximos trimestres, ampliando seu impacto positivo na economia e nas comunidades onde atua. Com informações de Revista Mineração e Sustentabilidade.
Sistema Minas-Rio impulsiona produção da Anglo American
A Anglo American alcançou produção de 15,9 milhões de toneladas de minério de ferro no segundo trimestre de 2025, um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelo desempenho do Sistema Minas-Rio, em Minas Gerais.
A unidade Minas-Rio registrou produção de 6,7 milhões de toneladas, alta de 4% frente ao 2T24, resultado atribuído à melhoria na recuperação de massa na planta de beneficiamento e à maior disciplina operacional. A projeção da companhia para o ano permanece entre 22 e 24 milhões de toneladas para essa operação.
A produção total anual da Anglo American em minério de ferro segue estimada entre 57 e 61 milhões de toneladas. Com informações de Revista Mineração e Sustentabilidade.
5 mil toneladas
é a produção anual prevista pela única mineradora de terras raras com produção relevante fora da Ásia, Mina Serra Verde, com operação em Minaçu, em Goiás
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“Temos que dar autorização para as empresas pesquisarem o solo sob o nosso controle. Se a empresa achar, ela não pode vender sem conversar com o governo. E muito menos vender a área que tem o minério, porque aquilo é nosso. Aquilo é de uma pessoa chamada ‘povo brasileiro'. E o povo brasileiro tem que ter direito de usufruir dessa riqueza”
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.