Economia resiste e inflação caminha para ficar dentro da meta este ano
Pesquisa feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que os preços das hortaliças mais consumidas nos principais mercados atacadistas estão em
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SIGA NOA economia brasileira mostra resiliência e mesmo diante da taxa básica de juros em 15% ano, o que gera uma taxa real próxima de 10% ano, a segunda maior do mundo, as expectativas do mercado financeiro para os indicadores deste ano melhoram a cada nova divulgação do Boletim Focus do Banco Central, repetindo um roteiro visto em anos anteriores. As projeções dos economistas e analistas ouvidos pelo BC caiu de 4,72% na semana passada para 4,70% nesta semana, na quarta redução seguida. Com isso, a expectativa se aproxima do teto da meta inflacionária para este no que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para menos (1,5%) ou para mais (4,5%). Ao mesmo tempo a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,16% para 2,17%. A tendência é de que a inflação continue caindo, com quedas dos produtos in natura e da energia com a migração das bandeiras tarifárias para o patamar verde com a chegada das chuvas.
Pesquisa feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que os preços das hortaliças mais consumidas nos principais mercados atacadistas estão em queda, como no caso da alface, batata, cebola, cenoura e tomate, cujo valor caiu de agosto para setembro. A maior queda foi registrada no preço da alface, que, na média, ficou 16,01%. Já a cebola, cujo valor do quilo vem caindo desde junho, a redução em setembro foi de 14,8% em relação a agosto. Nos dois casos a queda é provocada pelo aumento da oferta nessa época do ano.
“A quantidade elevada de batata nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas também explica a nova queda nas cotações do produto, consolidando o quarto mês consecutivo de preços mais baixos”, diz a Conab em nota. Em relação a agosto, os preços do vegetal caíram 10,4%. No caso de outras hortaliças, o movimento de preços foi diferenciado nos principais mercados atacadistas. A Conab verificou, por exemplo, desvalorização de 37,88% nas cotações em Vitória e valorização de 46,91% em Goiânia. Do lado da oferta, setembro registrou uma redução de 3,6%. No entanto, essa queda, de baixa intensidade, não foi suficiente para fazer o preço subir na maioria das Ceasas. Com isso, na média ponderada os preços caíram 5,76%.
Ainda segundo a Conab, o mesmo ocorreu com a cenoura, produto para o qual não houve uma tendência definida do movimento do preço nas Cesas, sendo que na média houve recuo de 4,71%. 'Um dos fatores que pressionaram os preços em setembro foi a redução da oferta em Minas Gerais, principal produtor nacional”, justificou a Conab. “A queda na produção mineira em relação a agosto pode gerar aumento da demanda por produtos de outras regiões, intensificando a pressão sobre os preços”, acrescentou.
Entre as principais frutas vendidas nas Ceasas do país, apenas a melancia seguiu o comportamento dos preços das hortaliças, com redução de 10,29% na média. A redução ocorreu mesmo de aumento da demanda com a elevação das temperaturas. “No caso da maçã, setembro foi marcado por oscilações na comercialização e leve alta de preços na média ponderada, em torno de 1,38%, impulsionada pelo aumento da demanda pelo produto no início do mês. Para o mercado da banana, as cotações subiram na média ponderada em 6,56%”, diz a Conab.
A queda da gasolina com a redução anunciada pela Petrobras de 4,9% para as distribuidoras deve aliviar custos na cadeia que depende do combustível e abrir espaço para a queda dos preços. Mesmo efeito deve ter a redução da bandeira tarifária sobre a energia. A queda da inflação este ano, ainda que fique no teto da meta, é a chave para a queda da taxa de juros já na primeira reunião do Copom em 2026, em 27 e 28 de janeiro.
No campo
US$ 2,5 bilhões
É a perda que o país registra por ano por
erosão hídrica em áreas agrícolas ocupadas
com pastagens degradadas, que somam
27,7 milhões de hectares de pastagens com potencial de conversão.
Pequenas empresas
Uma estudo do Itaú Empresas em parceria com Fundação Getulio Vargas (FGV), revela que as empresas que contam com apoio estratégico como o ofertado pelo Itáu sobrevivem 30% mais após 5 anos, crescem com consistência e possuem maior diversificação. O impacto agregado da concessão de crédito do banco para essas empresas: cada R$ 1 concedido em crédito pelo Itaú Empresas gera R$ 1,56 em PIB) e mais de 6 milhões de empregos assegurados.
Tecnologia
Engenharia biomédica, gêmeos digitais e sensores inteligentes podem promover avanços na medicina. Os primeiros permitiram análises de imagens médicas para planejar tratamentos; os segundos simularam órgãos ou sistemas para testar terapias e os últimos vão monitorar sinais vitais em tempo real. Para Suélia Fleury Rosa, membro sênior do IEE, essas devem ser as grandes apostas teconológicas na área da saúde no ano que vem.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
