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Marcílio de Moraes
Marcílio De Moraes
Jornalista formado pela PUC Minas em 1988, com passagem pelos jornais Diário do Comércio e O Tempo. Trabalhou em coberturas de leilões de privatização e em feiras internacionais
BRASIL EM FOCO

Gargalo da mobilidade urbana pode demandar investimento bilionário

O BNDES e o Ministério das Cidades já identificaram mias de R$ 600 bilhões em projetos de transporte coletivo metropolitano, com 400 propostas de mobilidade urb

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Gargalos nos grandes centros, o transporte coletivo e a mobilidade urbana são alvo de um levantamento que está sendo feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades que vai compor o primeiro banco de projetos de transporte coletivo de média ou alta capacidade (TPC-MAC). A perspectiva é de que esse banco de dados seja composto por dezenas de projetos, identificados como prioritários para 21 regiões metropolitanas do país. Entre os projetos de transporte de média e alta capacidade estão os que encampam trens, metrôs, veículos leves sobre trilhos (VLT) e bus rapid transit (BRT). O trabalho faz parte do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU)e foi iniciado em maio do ano passado.

 


Até o momento, segundo o Boletim Informativo 3 do ENMU, divulgado esta semana, o BNDES e o Ministério das Cidades já identificaram mais de R$ 600 bilhões em projetos de transporte coletivo metropolitano, com a identificação de 400 propostas de mobilidade urbana de média ou alta capacidade. O valor é praticamente o dobro em relação ao déficit de R$ 300 bilhões estimado em 2023 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), encampando as 15 maiores regiões metropolitanas do Brasil. “Quando concluirmos esse estudo, teremos um mapa que vai orientar nossas cidades na direção de um futuro mais verde e sustentável”, disse, em nota, Luciana Costa, diretora Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES.

 

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Luciana Costa lembra, ainda, que a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros é uma prioridade do governo: “Reduzir o tempo que as pessoas levam para ir e voltar ao trabalho, longe da família, é um dos maiores desafios de nossas cidades. Essa melhoria no ambiente urbano também deve trazer melhorias ao meio ambiente como um todo, com a redução das emissões de gases do efeito estufa”, observou a diretora. No Brasil, segundo dados do IBGE, o tempo médio de deslocamento de casa para o trabalho no Brasil em 2019 era de 4,8 horas por semana. Na área urbana, esse deslocamento é de 4,9 horas por semana, enquanto na área rural cai para 3,5 horas por semana. Nas capitais esse tempo médio é de 6,4 horas por semana, sendo que em São Paulo chega a 7,8 horas por semana e no Rio a 7,4 horas.


Para o ministro das cidades, Jader Filho, “investir no planejamento das cidades e em soluções adequadas para a realidade de cada local é essencial para assegurar a qualidade de vida aos brasileiros”. O ministro afirma ainda que o compromisso do Ministério das Cidades com mobilidade urbana é tornar as cidades mais inteligentes, com corredores exclusivos e transporte públicos com menos emissões de poluentes. “O retorno é a redução do tempo e conforto no deslocamento das pessoas”, acrescenta o ministro.

 

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Segundo o BNDES, as análises para as 21 regiões metropolitanas devem ser concluídas entre abril e junho. Hoje, de acordo com o Boletim Informativo, a fase de consolidação dos diagnósticos está com 63% dos trabalhos concluídos, enquanto a elaboração das projeções de demanda está com 56% dos trabalhos concluídos. O resultado final, incluindo informações detalhadas sobre os projetos e a metodologia de priorização, será conhecido até dezembro. Até lá, segundo o banco de fomento, serão divulgados resultados parciais com a análise dos projetos identificados.

 

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Entre os aspectos que o estudo revelou está o fato de apenas as regiões metropolitanas de Goiânia (GO), Vitória (ES) e Recife (PE) tratarem o transporte público de forma integrada. “Nessas regiões metropolitanas, estado e municípios se associaram para tratar o transporte público de forma integrada na metrópole. Um resultado disso é que, nas duas primeiras, o usuário do serviço paga uma tarifa integrada com preço único”, diz o BNDES em nota. Outro aspecto mostrado no estudo é que São Paulo e Belo Horizonte são as únicas cidades do Brasil que divulgam informações completas, com dados operacionais, na internet. “O Rio de Janeiro, por sua vez, é a única região metropolitana em que mais de 30% da população reside a menos de 1 km das estações de transportes públicos coletivos de média e alta capacidade (TPC-MAC)”, diz o banco de fomento.

E-commerce 

R$ 230 bilhões é o valor que o setor de comércio eletrônico deve faturar neste ano, o que representa avanço de 12% em relação ao movimentado em 2024, quando faturou R$ 204 bilhões

 Vendendo tudo

Um estudo feito pela OLX mostra que mais de um terço das pessoas que compram produtos usados na plataforma calcula ter entre R$ 100 e R$ 500 em objetos parados em casa. A estimativa foi feita por 37% dos consumidores em pesquisa da marketplace de classificados de usados. Para 21%, o cálculo é que tenham entre R$500 e R$1.000 em objetos sem uso, enquanto 25% espera ter de R$1.000 a R$5.000, e 5% entre R$5.000 e R$10.000.

 ICMS no posto

O impacto do novo ICMS nos preços dos combustíveis em fevereiro teve dinâmica distinta, com a gasolina e o diesel perdendo fôlego em relação a janeiro e o etanol em trajetória de alta. Segundo levantamento da Valecard, o preço médio da gasolina subiu 2,45% em fevereiro e o do diesel-S10, 4,28% e o etanol ficou 3,86% mais caro. O estudo levou em conta transações entre 1º e 27 de fevereiro em mais de 25 mil postos de combustíveis do país.

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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