
A história do ex-menino da arte que se tornou referência em MG
A vitória não está apenas em ter um negócio bem-sucedido, mas em se tornar o tipo de pessoa capaz de construí-lo
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O verdadeiro segredo do sucesso não está no destino final, mas na jornada que poucos têm coragem de trilhar. Essa poderia ser mais uma frase de efeito, mas para quem entende de negócios, ela carrega uma verdade incontestável. O caminho do empreendedorismo não é feito de tapetes vermelhos: é construído com disciplina, noites maldormidas, sacrifícios que ninguém enxerga e uma fé inabalável no processo.
Um exemplo internacional nos ajuda a compreender isso. O escritor James Clear, autor do bestseller “Hábitos atômicos”, quase perdeu a vida aos 18 anos após um grave acidente esportivo. Teve que reaprender a andar, a respirar sozinho e a retomar atividades básicas. Foi nesse processo doloroso que descobriu uma verdade simples: grandes resultados não vêm de grandes saltos, mas da soma de pequenos hábitos consistentes.
Clear escreveu: “Você não se eleva ao nível das suas metas, você cai ao nível dos seus sistemas”. Em outras palavras, não é o sonho distante que garante a vitória, mas o processo invisível que construímos todos os dias, a rotina, o ambiente e a disciplina.
Essa ideia se materializa na história do ex-menino da arte, um jovem mineiro de 28 anos, Rafael Rusvel, que se tornou um empreendedor no setor criativo. Ele cresceu, evoluiu, e, hoje, empresários de vários segmentos confiam em seu trabalho. Rafael é estrategista de marca e especialista em branding.
Nascido em uma família humilde, cresceu ouvindo que sonhava alto demais. A frase que mais escutava era dura e recorrente: “Sem estudos e dinheiro não se vence”. Mas ele decidiu não se intimidar. Aos 18 anos, começou a empreender com o que tinha nas mãos: o talento para o design. Suas primeiras artes eram vendidas por apenas R$ 5, um valor simbólico, que não enchia os bolsos, mas comprava algo muito mais valioso: credibilidade e visibilidade no mercado.
“Esse foi o preço da confiança”, relembra. “Hoje, é emocionante ouvir empresários me dizerem que me procuram por me considerarem uma referência em Minas Gerais.”
Com muito estudo, buscou formação em design gráfico pela Escola Saga, marketing digital pela Best Marketing Talent e direção de arte pela Escola Cuca. Essa combinação de conhecimento, técnica e visão estratégica abriu portas e, atualmente, Rafael lidera a sua empresa de consultoria de marca, reconhecida por seu modelo de trabalho consultivo, próximo e humano. “O meu lema é construir relacionamento de confiança. Em uma era de modismos superficiais, foque em servir com propósito e resolver problemas reais.”
O que James Clear chama de sistema e Gary Keller, no livro “A única coisa”, descreve como foco essencial, Rafael chama simplesmente de processo. É nele que os empreendedores aprendem a dizer “não” para dezenas de distrações, filtram oportunidades, erram, corrigem e tentam de novo. Esse processo é, na prática, um laboratório de fracassos, experimentos e ajustes.
Walt Disney faliu antes de criar seu império criativo. Steve Jobs foi expulso da própria empresa antes de revolucionar a Apple. Jeff Bezos começou vendendo livros de uma garagem antes de dominar o comércio global.
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Em todos os casos, consistência e disciplina diária foram mais determinantes que talento ou sorte. O mesmo se aplica à trajetória de Rafael, que não desistiu mesmo quando parecia ter apenas R$ 5 e um sonho.
A construção do espírito empreendedor
O empreendedorismo não molda apenas empresas, molda pessoas. Cada desafio enfrentado forma caráter. Cada sacrifício financeiro fortalece a disciplina. Cada crítica recebida reforça a resiliência.
No fim, a vitória não está apenas em ter um negócio bem-sucedido, mas em se tornar o tipo de pessoa capaz de construí-lo. Como James Clear diz: “Cada ação é um voto para o tipo de pessoa que você deseja se tornar”. E talvez esse seja o maior legado de qualquer empresário de sucesso: entender que quem encontra sentido na jornada nunca desiste.
A você, leitor, fica a pergunta: será que você está obcecado pelo troféu final ou aprendendo a amar o processo que vai levá-lo até lá? Porque, no fim das contas, o verdadeiro diferencial não está na chegada, mas na coragem de permanecer no caminho.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.