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Francisco Iglesias
Francisco Iglesias
Fundador da Startup Juventude Reversa | Empreendedor Social | Artista Visual | Engenheiro na Área de Telecom
JUVENTUDE REVERSA

Cultura e longevidade: como os idosos consomem atividades culturais

Pesquisa "Cultura nas Capitais" sobre hábitos culturais nas capitais pode auxiliar políticas públicas e oportunidades na economia prateada

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A geração 60+ de hoje está se tornando um mercado em grande crescimento, dispõe de recursos financeiros para retardar e amenizar o envelhecimento. Os idosos de hoje estão por toda parte, nos restaurantes, viagens de turismo, nos shoppings e nas academias. Para envelhecer bem o essencial não é só aumentar a longevidade, é preciso que se viva bem!


A participação em atividades culturais pode proporcionar inúmeros benefícios para os idosos, tais como:


Saúde mental e bem-estar emocional


Participar de atividades como assistir a filmes, frequentar teatro, visitar museus ou integrar grupos de leitura estimula o cérebro e pode ajudar na prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Essas práticas também favorecem o equilíbrio emocional, ajudando a diminuir sintomas associados à depressão e à ansiedade.

Conexão social e redução do isolamento

Eventos culturais proporcionam momentos de convivência, permitindo que os idosos conheçam novas pessoas e fortaleçam seus laços sociais, reduzindo o isolamento.

Desenvolvimento cognitivo

Envolver-se em ações culturais é uma excelente forma de manter o cérebro em constante atividade, incentivando o aprendizado e a criatividade, o que contribui para a saúde cerebral.


Valorização da identidade e memória coletiva

A cultura é um pilar essencial na construção da identidade pessoal e coletiva. Ela contribui para a preservação e transmissão de histórias, tradições e valores às novas gerações, fortalecendo o senso de pertencimento e promovendo o respeito à diversidade cultural.


Daí a importância de pesquisas sobre hábitos culturais dos brasileiros tais como “Cultura nas Capitais”, lançada no dia 03 de fevereiro. O estudo, conduzido pelo JLeiva Cultura & Esporte, com patrocínio do Itaú e do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Rouanet, mapeou o consumo da cultura pelos brasileiros, acima dos 16 anos, nas capitais do país em 14 diferentes atividades culturais entre fevereiro e maio de 2024.

As atividades pesquisadas são: livros, games, cinema, sites históricos, shows ao vivo, festivais tradicionais, museus, bibliotecas, teatro, dança, circo, concertos, encontros literários e feiras do livro. Escolaridade, renda, localização, questões de gênero e raça são os principais fatores associados aos resultados da pesquisa sobre cultura.


Em ordem de maior consumo, as categorias mais consumidas pelos idosos brasileiros são:

  • livros (51%),
  • locais históricos (33%),
  • cinema (29%),
  • festas populares (24%),
  • shows de música (23%),
  • jogos eletrônicos (20%),
  • museus (19%),
  • teatro (18%),
  • dança (17%),
  • feiras do livro (17%),
  • bibliotecas (15%),
  • circo (8%),
  • saraus (7%)
  • e concertos (7%).


A pandemia de coronavírus foi um fator determinante na forma como os brasileiros consomem cultura. Dentre todas as atividades, a única que não indicou queda entre os anos de 2017 e 2024 foi a dos jogos eletrônicos, que demonstrou crescimento significativo.

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Um dos principais objetivos desta pesquisa é gerar subsídios que possam embasar a criação de políticas públicas direcionadas à população com mais de 60 anos. Com base nesses dados, o governo poderia desenvolver iniciativas que ampliem o acesso desse grupo a bens culturais, estimulando não apenas a produção artística, mas também o uso frequente de espaços culturais. Paralelamente, diante do potencial representado pela economia da longevidade (ou economia prateada), é importante que empreendedores do setor cultural — inclusive aqueles vinculados às seniortechs — atentem-se a esse nicho específico, desenvolvendo soluções adaptadas às demandas específicas dessa parcela da população.


Confira aqui a pesquisa completa.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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