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São 40 anos de cobertura da Seleção Brasileira por esse “mundão de Deus”. Estive nos mais variados países, estádios, cidades, acompanhando desde Zico, Sócrates, Falcão, Reinaldo, Telê Santana, Carlos Alberto Silva, passando por Ronaldo, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Gilberto Silva e tantas outras feras, grandes artistas da bola e nossos amigos até hoje. Volta e meia nos encontramos pelo planeta bola, para resenhar ou mesmo para participar de um jogo-exibição. Confesso que tenho muita saudade dessa época, em que você desembarcava na Nigéria, um dos países mais violentos do mundo, e era recebido com segurança e tranquilidade porque esses gênios da bola iam jogar por lá. Em apuros, a gente falava o nome de Pelé e tudo se ajeitava. Era a senha para sermos bem recebidos, bem tratados, e levados em segurança a qualquer lugar. Foram 300 coberturas internacionais, das quais me orgulho muito, a maior parte delas, acompanhando essas feras, desde 1985 até hoje.
Porém, desde a Copa de 2018 tomei uma decisão que me motivou ainda mais: parei de cobrir especificamente a Seleção Brasileira para cobrir realmente o Mundial. Acompanho jogos de outras seleções, fico na cidade-sede, onde há também o centro de imprensa, e dali eu acompanho o torneio. É o que farei também em 2026, nos Estados Unidos, pois confesso a vocês que perdi o prazer de acompanhar o nosso time.
Desde os 7 a 1 me desiludi. Trocaria um dos nossos 5 títulos mundiais para não ter sofrido aquela humilhação em 2014, proporcionada por Felipão, Hulk, Bernard, Júlio César, Davi Luiz, Fernandinho, Oscar, Maicon, Dante, Marcelo, Fred, Luiz Gustavo, além dos que entraram depois. Esses caras sujaram a nossa história.
Curiosamente, meses depois, desembarquei em Berlim e fui gozado pelo policial de imigração. São tantos desmandos na CBF, que a gente perde o prazer de acompanhar o time brasileiro. Mudam os “donos da cadeira”, mas a m.... é a mesma. Corrupção, falcatrua, impunidade, política e por aí vai.
Acreditar em conquista em 2026, mesmo tendo o melhor técnico do mundo? De jeito nenhum. Embora eu saiba que a Copa do Mundo se define em 3 jogos: quartas de final, semifinal e final, já que nas fases anteriores jogamos contra ninguém, não vejo o Brasil em condições de competir com Argentina, Inglaterra, Portugal, Espanha e França. Sou até capaz de arriscar uma outra final entre França e Argentina (acertei as finais de 2014 e 2022), mas gostaria de ver Portugal e Espanha, pois são as duas seleções que mais me agradam no momento.
Peguem os 26 jogadores que serão convocados para a Copa do Mundo e os ponham para desfilar no calçadão de Copacabana. O torcedor vai conhecer Vini Júnior, Rodrigo e um ou outro. Os demais passarão sem serem molestados, pois são tão insignificantes que o torcedor não os reconhecerá. São os novos tempos, aliás, péssimos tempos do time canarinho, tão maltratado, ultrajado e humilhado nos últimos 24 anos.
O problema não é treinador e sim a safra de jogadores que é a pior da história. A propósito: escrevi essa coluna antes do jogo de sábado do Brasil, pois, pela primeira vez na história, não me interessei em assistir a Brasil x Senegal. Pelos africanos, que são bons de bola, eu até assistiria, mas por Danilo, Casemiro, AlexSandro, Marquinhos e outros engodos, preferi curtir meu sábado ao lado da minha amada família. A Seleção da CBF não representa mais o povo brasileiro.
JOÃO VITOR XAVIER E CNN
O presidente da CNN, João Vitor Xavier, também CEO da Itatiaia, tem feito entrevistas especiais com personalidades do esporte mundial, em vários segmentos. O CNN Esportes é programa obrigatório aos domingos, à noite, principalmente para mim, que sou ligado em todos os esportes. A entrevista de ontem foi com meu amigo Walter Casagrande, ex-jogador e comentarista, que tem o mesmo pensamento sobre Neymar. Deputado estadual licenciado dos mais atuantes, João Vitor tem se dedicado intensamente ao novo projeto na CNN, inovando a empresa de comunicação, ouvindo sua equipe e dando um direcionamento extraordinário. Ele estará nos Estados Unidos para a cobertura do sorteio da Copa do Mundo 2026 e, com certeza, levará boas entrevistas ao seu público. A CNN tem batido a Globo News sistematicamente no Ibope, o que mostra que onde há seriedade, transparência e qualidade a coisa funciona. Parabéns, João, pelo sucesso. Conheço seu trabalho, desde quando começou na Itatiaia e sua qualidade é ímpar. Deus no comando sempre, amigo. Tive o prazer de recebê-lo em casa, com sua família, e você sabe que a base do seu sucesso é justamente sua família.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
