Senador Romário quer a CPI do apito
Se o Brasil é um país tão corrupto em todos os segmentos, quem garante que a arbitragem brasileira é isenta?
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Enviei uma mensagem ao senador Romário, meu amigo de tantas coberturas de sua carreira, pedindo que ele instalasse uma CPI do Apito, por causa de tantos erros crassos no Campeonato Brasileiro, alguns que têm gerado dúvidas no torcedor de que possa haver “algo de podre no reino da Dinamarca”. Ele achou a ideia ótima, e deve trabalhar ainda esta semana para convencer seus pares da importância dessa iniciativa.
Os erros do senhor Ramon Abatti Abel, principalmente em favorecimento ao Palmeiras, não têm sido digeridos pelos torcedores das outras equipes, e há suspeitas, sim, de algo pior, que não seja apenas os erros de um ser humano. São erros crassos, inaceitáveis até para um “cego”.
A não expulsão de Andreas Pereira e o pênalti não marcado contra o São Paulo. Pênaltis assinalados contra o Fortaleza e mais alguns jogos são, pelo menos, suspeitos. Suspeita não é confirmação de crime, apenas indícios. Quem não deve não teme e uma CPI poderá tirar muitas dúvidas.
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Na Turquia, 100 árbitros foram afastados por corrupção. Alguns já foram condenados a não apitar durante um ano. Outros deverão ser banidos. Eles integravam uma rede de corrupção e manipulação de apostas.
Os árbitros não podem apostar e, vale lembrar, que as próprias bets são as que denunciam quem faz falcatrua, pois eles lesam as casas de apostas. Se o Brasil é um país tão corrupto em todos os segmentos, quem garante que a arbitragem brasileira é isenta?
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Na minha posição de jornalista, só posso dizer que os árbitros são ruins, péssimos, fracos. Mas o torcedor pensa diferente. Eu não acuso sem ter provas, mas o torcedor acusa.
Quem sabe a CPI descubra algo que a gente não sabe?! Em 2005, Edílson Pereira de Carvalho foi réu confesso, preso após ser pego com a “boca na botija”. Nada impede que isso se repita, ainda mais, nos tempos atuais.
Espero que a “bancada da bola”, sempre à disposição da CBF, não impeça o “Baixinho”, como o chamo carinhosamente, de seguir com sua proposta e moralizar o futebol brasileiro. Se os árbitros nada devem, que abram suas contas bancárias e a de parentes para que a CPI apure se há algum depósito suspeito ou coisa parecida. Tenho certeza de que o chefe da arbitragem brasileira, Rodrigo Cintra, não irá se opor.
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Se não houver nenhuma irregularidade, as suspeitas vão sumir e os árbitros terão um atestado de idoneidade. Se provarem algo, que eles sejam banidos e paguem por supostos crimes.
Repito: investigação não é condenação. A CPI, caso seja instalada, é para moralizar o futebol brasileiro. Quem não pensar assim, é porque pode ter culpa no cartório.
Romário tem o meu apoio e terá de todos os jornalistas do bem e dos torcedores indignados com o que temos visto. A moralização do futebol brasileiro passa pela lisura, transparência e decência na arbitragem.
A CBF não tem o apoio popular, pois está sempre sob suspeita, depois de tantas falcatruas e dirigentes depostos. Estamos no fundo do poço e a arbitragem ruim faz parte dessa engrenagem.
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Os clubes precisam criar a Liga urgentemente, formular seus campeonatos e criar um quadro de arbitragem novo. Chega de ficar nas mãos da CBF, que deveria cuidar somente da Seleção Brasileira, coisa que faz mal e porcamente. Os clubes precisam entender a força que têm e não ficarem mais reféns da entidade.
Romário, consiga as assinaturas necessárias para a abertura da CPI do Apito, convoque todos os árbitros suspeitos, o presidente da Comissão de Arbitragem e o presidente da CBF. Vamos moralizar o nosso futebol, antes que ele morra, pois agonizando, já está faz tempo.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
