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O Vitória derrotou o Santos, na Vila Belmiro, e deixou a situação do time de Neymar e do Atlético delicadíssima. Está com 31 pontos, mesma pontuação do Peixe, e a dois pontos do Galo. Quando olhei a tabela, recentemente, não imaginei que alguém que estivesse naquela zona alcançaria o time mineiro, mas com esse salto do time baiano, a coisa pode complicar.
O Atlético optou por time reserva na derrota para o Corinthians, e isso foi um complicador. Claro que a Copa Sul-Americana pode salvar o ano, mas entre voltar à Libertadores ou não cair para a Segundona, não tenho dúvida nenhuma de que o torcedor prefere a segunda opção.
Escrevi esta coluna antes do resultado do jogo disputado na noite desta terça-feira (21/10). É curioso o futebol: o time atleticano era considerado por muitos, e até por mim, como um sério candidato aos títulos que iria disputar – escrevi sobre isso em janeiro –, mas nada disso se confirmou. Não deu certo com Cuca, em quem a diretoria apostava todas as suas fichas, e não está dando certo com o fraquíssimo Jorge Sampaoli.
Aliás, a contratação desse treinador foi mais um erro da diretoria atleticana. Por onde passou, o argentino foi um fracasso, além de ser complicado como pessoa. Não traz nada de novo em suas equipes, gosta de mudar o time a cada jogo e seu ataque é inoperante. A contratação de Roni foi um desastre, assim como de alguns “ex-jogadores em atividade”. Um time sem corpo, sem alma e sem vontade, como escrevi outro dia.
Resta o ídolo Hulk, que anda contestado pelos torcedores, que são imediatistas. Ele está mal assim como todo o time, mas foi quem se destacou nos últimos quatro anos, sendo a cereja do bolo nas conquistas de 2021.
No futebol há 20 anos, Hulk deve saber que torcedor é ingrato mesmo e só olha o momento. Porém, ninguém vai apagar a história dele no clube. A diretoria negou que vá mandá-lo embora, em dezembro, mas ele já disse que acatará qualquer decisão. Hulk está entre os cinco ídolos mais importantes do clube, ficando atrás de Reinaldo, Ronaldinho Gaúcho, Dario e Ubaldo Miranda, na minha visão.
O Atlético precisa se movimentar para planejar 2026. Se conseguir voltar à Libertadores e permanecer na Primeira Divisão, o ano que parecia ruim acabará muito bem. Mas, se isso não ocorrer, vai ficar difícil até mesmo se replanejar.
Vários jogadores deverão formar uma barca e partir, contratações serão necessárias, mas, sem dinheiro, a diretoria terá de inovar, usar a imaginação e a criatividade. Talvez as divisões de base tragam a solução esperada.
No próximo sábado (25/10), o Galo vai encarar o Ceará, em seu estádio, em jogo fundamental para fazer os três pontos e ficar mais distante da possibilidade de rebaixamento. Que Sampaoli não invente de por time reserva em campo porque terá de encarar o Del Valle no jogo de volta das semifinais da Sul-Americana na sequência, também na Arena do clube. Por sorte, Fortaleza e Sport, que estão praticamente rebaixados, serão adversários do Galo, mas os dois jogos serão fora dos domínios alvinegros.
É começar a fazer contas para não passar pelo que passou no ano passado, quando brigou com o Athletico-PR na última rodada para ver quem escapava. Por sorte, caiu o time paranaense.
Com um time instável e com pouca produtividade, restou apenas o apoio da torcida, que nunca falha, principalmente nos maus momentos.
ARBITRAGEM
A atuação do péssimo Wilton Pereira Sampaio, na partida entre Flamengo e Palmeiras, no último domingo (19/10), no Maracanã, mostrou a realidade dos chamados “melhores árbitros do Brasil”. Um cara fraco, sem personalidade, cometendo erros crassos, como no pênalti de Jorginho em Gustavo Gómez, que o VAR não recomendou revisão. VAR esse da “Vargonha”, que funciona maravilhosamente bem na Europa, mas por essas bandas aqui tem sido um desastre.
O Brasileirão já está manchado e espero que no jogo do Cruzeiro, na Copa do Brasil, a falida e desmoralizada CBF não escale o Raphael Claus ou o Sampaio. São péssimos. Anderson Daronco e Rafael Klein são os únicos em condições de apitar Cruzeiro x Corinthians, mas eu bato na tecla de trazer um árbitro sul-americano, que não seja brasileiro, ou um europeu. Para a lisura e transparência do espetáculo.
Clubes, digam não à CBF e aos seus desmandos. Chega, ninguém suporta mais tanta incompetência!
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.