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Tenho sido otimista, até ao extremo, na esperança de o Cruzeiro conquistar o Brasileirão, mas, joguei a toalha. Sei que é muito cedo para isso, mas, analisando friamente, não há como competir com o Flamengo, que fatura quase R$ 2 bilhões anuais e acaba de fechar o maior patrocínio master em sua camisa, com a bet que patrocina o Campeonato Brasileiro. Sei que a mesma bet já patrocinou outros clubes, mas é claro que o Flamengo dá mais visibilidade e, sendo ele o campeão, a empresa vai faturar ainda mais, como também vai pagar mais bônus ao rubro-negro. Estão transformando o Campeonato Brasileiro num Espanhol, onde somente Real Madrid e Barça ganham as taças e, eventualmente, um estranho consegue alguma coisa. No Brasil, Flamengo e Palmeiras têm dividido tudo nos últimos 10 anos, e, pelo jeito, vai continuar assim por muitos e muitos anos, pois eles se estruturam cada vez mais, ao passo que os demais clubes lutam para conseguir montar um time decente.
Quando se fala em criação da Liga, cada dirigente, com o ego maior que o outro, logo cria um problema. Em divisão das cotas de TV, então, não se pode nem falar que o Flamengo dá chilique. Quer ter a fatia maior, por ter 50 milhões de torcedores. Na verdade, em países sérios, as cotas de TV são divididas entre todos, de forma igualitária, pelo menos em 50%. O restante vai para o campeão, vice e para outros que atinjam o objetivo. Eu tenho uma sugestão: que os 18 clubes se unam, formem a Liga e façam as competições deles. Flamengo e Palmeiras ficam jogando entre si o ano inteiro. Já que não querem dividir o bolo em partes iguais, que ajam assim. Ninguém pode ficar refém dessas duas equipes. Admito que ambas foram saneadas e se tornaram superavitárias, mas daí a quererem ser as donas da verdade, não dá. Ou entram na divisão das fatias em partes isonômicas ou então que façam competição entre eles dois.
Não há como um clube que fatura R$ 350 milhões por ano competir com outro que fatura cinco vezes mais. O Flamengo tem dois times, titular e reserva, do mesmo nível. Claro que vai perder jogos, será eliminado de uma ou outra competição, mas as chances de ganhar são grandes. No Brasileiro, competição de regularidade, não vejo a menor possibilidade de alguém superar o rubro-negro. Mesmo jogando mal ultimamente, ainda é uma equipe muito forte e difícil de ser batida. O Cruzeiro ainda pratica o melhor futebol do país, mas nem ele, nem as outras equipes, têm elenco mais qualificado que o Flamengo, ainda mais com as contratações recentes, de jogadores que serviam o Atlético de Madrid.
O futebol brasileiro anda atolado em corrupção, desmandos, falcatruas, com dirigentes usando o clube em benefício próprio – o Corinthians é o maior exemplo – e não tem solução. É gente querendo levar vantagem a qualquer preço. O Flamengo não tem culpa de estar saneado e superavitário, mas, para os outros terem pelo menos condições de montar um time decente, é preciso, sim, criar uma Liga independente, que entenda que o bolo será dividido para todos em partes iguais. Isso para os clubes que não arrecadam como o rubro-negro tenham o mínimo de chance. Caso contrário, não há mais como fazer futebol. Nem mesmo as SAFs, com donos bilionários, conseguem competir, pois o ideal é que os clubes sejam independentes financeiramente e superavitários. Não vejo uma luz no fim do túnel. O novo patrocínio master do Flamengo, na casa dos R$ 300 milhões, é maior do que o que recebem a maioria dos clubes brasileiros no ano. Dessa forma, meus amigos, entreguem o troféu do Brasileirão ao rubro-negro, não há mais como competir.
Árbitros covardes
O pênalti cometido por José Aldo, do Mirassol, que “jogou vôlei” contra o Cruzeiro, segunda-feira, foi vergonhoso. O VAR sequer chamou o árbitro para conferir no monitor, e assim o Cruzeiro perdeu mais 2 pontos, que computados aos 6 tirados dele com pênaltis não marcados e gols anulados, em outros jogos, o deixariam com 3 pontos à frente do Flamengo. Tragam árbitro de fora do país para apitar o clássico contra o Atlético pela CB. Não há mais condição de um árbitro brasileiro dirigir esse jogo!!!!!
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.