Jaeci Carvalho
Jaeci Carvalho

Ainda tem gente que duvida da supremacia europeia

Chegou a hora de a onça beber água. Poderemos ter um brasileiro na final, algo inimaginável

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Real Madrid (Espanha), Chelsea (Inglaterra), PSG (França), Bayern de Munique e Borussia (Alemanha), Fluminense e Palmeiras (Brasil), e Al-Hilal (Arábia Saudita) são os oito clubes que chegaram às quartas de final do primeiro Mundial com 32 clubes, uma competição fraca, disputada a toque de caixa, pois os jogadores europeus foram tirados de suas férias para atuarem. O torneio, porém, tem premiação espetacular, principalmente para os clubes brasileiros. Mesmo eliminados, Flamengo e Botafogo faturaram mais de R$ 150 milhões, quantia bastante significativa. Os europeus ganham muito mais, por questões contratuais. Jogadores insatisfeitos por terem suas férias canceladas se esquecem que ganham fortunas por mês, e que os clubes precisam jogar para ter dinheiro para saldar os compromissos. O presidente do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, foi taxativo ao dizer que “os jogadores ganham valores absurdos e precisam jogar mais jogos se quiserem manter seus salários em dia. Portanto, jogar esse Mundial é fundamental”. Meus amigos e minhas amigas, se eu ganhasse um milésimo do que esses caras ganham, jogaria 24 horas por dia.

Voltando aos oito melhores times do mundo – isso é contestável pois Barcelona, Liverpool, Manchester United, considerados potências mundiais, não estão no torneio –, chegou a hora de a onça beber água. Poderemos ter um brasileiro na final, algo inimaginável, caso o Fluminense passe pelo Al-Hilal e o Palmeiras pelo Chelsea. Se ambos ficarem pelo meio do caminho, serão recebidos como “heróis” pela campanha que fizeram, campanha que eu refuto, pois o Fluminense ganhou dos “soldados” do Ulsan e da Coreia do Sul, e da Inter de Milão, no mais, só empate contra equipes de qualidade duvidosa. O Palmeiras também só ganhou do Botafogo e do Al Ahly, do Egito. Dois empates contra Inter Miami e Porto, campanha muito ruim, mas que lhe valeu a classificação. Vejam o que é um Mundial de Clubes ou de seleções. Você joga na primeira fase contra “ninguém” e se classifica. Se não pegar um time forte nas oitavas, avança, e daí pra frente é que os jogos são complicados, mas a minha tese está de pé: uma Copa do Mundo de clubes ou seleções significa dizer que você tem três jogos para ser o campeão, a partir das quartas de final, semifinal e final.

Claro que não vou torcer para Palmeiras e Fluminense. Esse negócio de dizer que eles são o Brasil no Mundial é só para quem tem os direitos de transmissão e quer enganar o povo brasileiro. Exceto os torcedores desses clubes, os outros torcem contra mesmo, para continuarem cantando “o Palmeiras não tem Mundial”, e vale a gozação. Se fosse o Cruzeiro na competição, eu diria que ela é a melhor do mundo, como o maior campeão das Minas Gerais, nacional e internacionalmente, não está aqui, não tenho motivo para torcer. Aliás, vou torcer pelo Real Madrid, onde tenho amigos, e que é o melhor time do mundo. Nem mesmo a eliminação do Flamengo me deixou triste. Já não tenho o amor que tinha por esse clube. Como já frisei algumas vezes, depois de certa idade e de trabalhar no futebol há 45 anos, eu torço pelos meus amigos, como torci para o maior presidente da história do Atlético, Alexandre Kalil, durante sua gestão, onde ganhou Libertadores, Copa do Brasil e Recopa.

Chegamos às fases decisivas e os jogos prometem. Acredito que essa competição mais bem trabalhada, com ranqueamento correto, em outro período e em outro país, de 4 em 4 anos, poderá ser um grande sucesso, mas do jeito que foi organizada, a toque de caixa, não concordo. Cruzeiro, Grêmio, Liverpool, Manchester United, Barcelona e São Paulo deveriam estar aqui pelo ranqueamento, pois são equipes campeoníssimas. Se o critério continuar a ser a conquista da Libertadores, para a América do Sul, vão matar o Brasileirão e a Copa do Brasil, pois os clubes só vão querer privilegiar a competição internacional. Que a Fifa reveja seus conceitos, fala um ranqueamento correto e leve para o próximo Mundial 32 clubes. Acredito que no Brasil, que é postulante a sediar a competição, em 2029, poderemos ter um Mundial mais forte e de muita qualidade. Pense nisso presidente Infantino.


As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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