Jaeci Carvalho
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DIRÃO AGORA QUE OS TIMES SAUDITAS SÃO MELHORES QUE OS EUROPEUS?

Os europeus continuam anos-luz à nossa frente. Eles nos superam na tática, na técnica e na parte física

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Fluminense, Palmeiras e Al-Hilal estão nas quartas de final do Mundial de Clubes. O Palmeiras teve a missão mais fácil, que foi eliminar o Botafogo. O Fluminense passou pela Inter de Milão com futebol surpreendente e uma tática diferente, com três zagueiros e astúcia do excelente Renato Gaúcho. E o Al-Hilal derrotou o poderoso Manchester City por 4 a 3. Guardiola sucumbiu aos sauditas. Dirão os “entendidos” e “Pachecos” que Abel Ferreira, Renato e Inzaghi são “gênios” e que desbancaram favoritos. Balela!

Continuo com a mesma opinião do começo deste Mundial: os clubes europeus estavam em férias e exigiram o retorno de seus atletas porque a Fifa assim determinou. O resultado está aí. Tirando o Bayern de Munique e o Paris Saint-Germain, os outros são incógnitas.

Dizer que isso prova que o futebol brasileiro não está tão distante do europeu é mentira. O Flu pegou um grupo fraco, e só ganhou do Ulsan. Ficou em segundo lugar e encarou a Inter, “morta”, com um técnico novo e jogadores estafados. Ok, entrou no jogo, problema deles, mas isso não tem nada a ver com diminuição da distância e sim com o período do Mundial e o calor excessivo. Claro que o calor é para todos, mas os brasileiros estão no meio da temporada e os europeus estavam em férias. É difícil entender isso?

A Liga Árabe, que contratou os melhores ex-jogadores em atividade do mundo, além de alguns ainda jovens, não pode ser considerada nem a terceira liga do futebol mundial, mas, agora, dirão que ela é fenomenal, que só perde para a europeia, que está com futebol de alto nível. Realmente o Al-Hilal fez uma partida gigantesca contra o City, mas o time inglês teve uma péssima temporada, não jogou e não ganhou absolutamente nada. O método de trabalho de Guardiola já era. Toca demais e tem objetividade de menos. E quando você povoa uma parte do campo, com duas linhas, uma de quatro e outra de cinco, fica difícil para qualquer equipe entrar. Como disse Renato, “são 11 contra 11, e sem espaços, as equipes ficam tocando bola, virando o jogo, e, muitas das vezes, não acham uma forma de penetrar na defesa adversária”.

Esse torneio está me lembrando a Copa do Mundo. Lembram-se do Marrocos chegando às semifinais da Copa do Catar? Sim, o Marrocos do goleiro Bono, o mesmo do Al-Hilal. Ninguém imaginava uma seleção africana chegando naquela fase. Como ninguém esperava ver o Al-Hilal numa disputa de quartas-de-final, com tantos clubes europeus sendo eliminados.

O torneio que está em curso é interessante, mas o período inadequado, assim como o país, pois aqui nos EUA, poucos gostam do futebol praticado no mundo. Talvez um Mundial de Clubes em outubro, num país que ame o futebol, seja mais interessante. Você não pode tirar os jogadores de suas férias para disputar um torneio desses.

Porém, a fala de Karl-Heinz Rummenigge, presidente do Bayern de Munique e ex-jogador do clube e Seleção da Alemanha, é pertinente: “Os jogadores e técnicos querem altos salários. Para isso, os clubes têm que ter mais jogos, pois se isso não acontecer, não há como pagar essas quantias exorbitantes”. Então seria como dizer: danem-se as férias, se vocês querem receber seus altos e absurdos salários, que joguem até 100 partidas por ano.

Uma coisa é fato: os torcedores de Palmeiras e Fluminense têm mesmo que sentir orgulho. Chegaram aqui como os “patinhos feios” e agora estão nas quartas de final. Mesmo que sejam eliminados, não será vergonhoso. Muito pelo contrário, foram avançando e chegaram até aqui.

Poderemos ter um ou dois semifinalistas e, quem sabe, Palmeiras x Fluminense, com um deles na grande final, dia 13, no Met Life Stadium? Os “deuses” do futebol não dormem e castigam a arrogância. E vamos falar a verdade: que estrela tem Renato Gaúcho, campeão do mundo aos 20 anos, marcando os dois gols contra o Hamburgo; campeão de Libertadores como jogador e técnico; um cara que ajeita todos os times que dirige. Nasceu para brilhar e é, disparado, o maior técnico da história do Fluminense.

Torço por ele e por Fábio, outro gigante, que será o maior recordista de jogos, passando o goleiro inglês, Peter Shilton, que tem 1390 jogos. Fábio tem 1373, e, com certeza, vai bater a marca do inglês. Um cara injustiçado na Seleção Brasileira, que aos 44 anos, parece um vinho espetacular, quanto mais velho e experiente, melhor. Ele é o grande responsável pelo Fluminense chegar onde chegou, e quer muito mais.

Fortes emoções nos reservam. Se um Brasileiro passar, que seja o Fluminense, por Renato e Fábio.

Façam suas apostas na BetNacional, que está comigo nos quatro cantos do mundo. Confesso que estou sem palpite. Depois de tantas zebras, vou aguardar um pouco mais para decidir.

E para fechar, os europeus continuam anos-luz à nossa frente. Essa competição é atípica para eu mudar meus conceitos. Eles nos superam na tática, na técnica e na parte física. Contra fatos não há argumentos.


As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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