A jogadora Marta se despede da Seleção Brasileira feminina com a medalha de prata na Olimpíada de Paris 2024 -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A jogadora Marta se despede da Seleção Brasileira feminina com a medalha de prata na Olimpíada de Paris 2024

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

É assim que vejo a participação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Paris, com ou sem medalha. Repito aquilo que venho falando há tempos: o Brasil é um país que não investe em saúde, segurança, educação e, muito menos, no esporte. É muito bonitinho ver a “corja política” postando mensagens e se promovendo em cima dos nossos atletas, quando ganham uma medalha, como se se importassem e dar recursos e investimento nos variados esportes. Um país hipócrita, que gasta uma fortuna para enviar a mulher do presidente a Paris, em classe executiva, e ainda consegue para ela uma credencial, fora do prazo. Um escândalo, que parece não incomodar ninguém. Imaginem se fosse outro o presidente, o que os comunistas não diriam? Mas vamos deixar essa gente pra lá, pois eles querem tudo para eles e que “se dane o povo”. Um dia a gente vai aprender a votar e por os maus políticos na cadeia.


Voltando a falar dos nossos atletas, a superação deles é algo espetacular. Sem dinheiro para a condução, improvisam em casa, no quintal ou em qualquer outro lugar. Quando a gente sabe que a Rebeca Andrade ganhou o ouro em cima da Simone Biles, é preciso dizer que esse ouro tem um valor milhões de vezes maior. Biles é americana, vive num país que investe em saúde, educação, segurança e esporte, com toda a infraestrutura necessária para brilhar. É bem verdade que Rebeca Andrade e a equipe de ginástica feminina têm o apoio do Clube de Regatas Flamengo, mas não conseguem nem chegar perto do que fatura a americana. Biles tem um patrimônio avaliado em 10 milhões de dólares, enquanto Rebeca precisa fazer o seu pé de meia. Talvez, agora, por ser a maior medalhista do país, ela seja mais valorizada e consiga faturar com propagandas. Rebeca precisa ter uma estrutura melhor, quem sabe se mudar aqui para os Estados Unidos, para que tenha mais chances em 2028, na Olimpíada de Los Angeles.


Eu estou aplaudindo cada atleta brasileiro que representa ou representou nosso país na Olimpíada de Paris. Aliás, um evento espetacular, exceto pela abertura, quando zombaram da Santa Ceia. Para quem é católico, como eu sou, e tem Deus no coração, aquilo foi um grande absurdo. Não zombem do Senhor, pois o castigo vem. Respeitem os religiosos, assim como nós respeitamos todas as religiões. Não pude estar em Paris, pois vivi um grande drama familiar, em que Deus nos concedeu o milagre da vida do meu filho, e confesso, em função disso, pouco acompanhei dos Jogos Olímpicos. Mas, nesta reta final, estive ligado em muitos dos esportes. Vale lembrar que o vôlei masculino e feminino não ganharam o ouro, mas são atletas excepcionais, do mais alto nível. Os técnicos, Bernardinho e José Roberto Guimarães, são dois vencedores. Fico triste quando vejo os haters (odiosos), criticando as meninas e os meninos. Estamos num trabalho de renovação e voltar a ganhar demandará tempo. São todos vencedores, com ou sem medalha.


Desde pequeno eu ouço dizer que o “Brasil é o país do futuro”. Futuro esse que jamais chegou e que não chegará, enquanto tivermos essa classe política sórdida, alguns corruptos e canalhas, conforme denúncias e condenações. Há uns poucos sérios, mas eles são engolidos por uma maioria que quer o seu dinheiro e que faz política em benefício próprio. Vamos aprender a votar, a escolher melhor. Não troque seu voto por um pedaço de asfalto em sua rua, por uma migalha de pão. Vamos aprender a protestar, de forma pacífica, por um salário-mínimo decente, por saúde, segurança, educação e investimento no esporte. Somente assim, poderemos nos tornar uma potência olímpica, como são os Estados Unidos. Aos atletas, o meu muito obrigado. Vocês honram o nome do Brasil, com ou sem medalha. São todos vencedores e serão reconhecidos e aplaudidos por mim.

Prata no futebol

Depois de um belíssimo primeiro tempo, onde teve as melhores chances, o Brasil foi mal na etapa final e perdeu o ouro para os Estados Unidos, na final Olímpica no futebol feminino. Eu avisei, na minha coluna de quinta-feira, que Marta deveria ter começado jogando, pois é craque e, quem sabe, definiria no primeiro tempo. O técnico não pensou assim. Mas isso não tira os méritos das meninas. Num país que não investe em saúde, segurança, educação e esporte, com um presidente que não pode sair às ruas, nossos atletas foram bem demais. E vale lembrar: esse é o pior governo da nossa história, com um ex-presidiário no poder, mas nenhum outro governo investiu nessas questões citadas acima. Marta se despede da Seleção com a prata. A melhor do mundo merece nossas homenagens.