
Pela volta de um basquete mineiro forte
O que importa no momento é que algo acontece no basquete de Belo Horizonte e mineiro. Falo do retorno do América às competições oficiais
Mais lidas
compartilhe
SIGA NO

O que é preciso fazer para preservar o esporte? Muita coisa, a começar pela volta das diversas modalidades nas escolas, o que foi abandonado há alguns anos. Antigamente, até os anos 1980, tínhamos, por exemplo, competições esportivas entre escolas, os intercolegiais. Isso mesmo. O esporte era uma das bases da educação.
Os colégios de Belo Horizonte revelaram um grande número de jogadores. No passado, o Estadual foi responsável pelo lançamento de inúmeros jogadores. Mais recentemente, precisamente nos anos 2007 e 2008, o armador Raulzinho, que era aluno do Colégio Arnaldo, disputou os Jogos Escolares Mundiais, sendo eleito o melhor jogador em 2006, na Grécia.
Mas isso será um assunto mais pra frente. O que importa no momento é que algo acontece no basquete de Belo Horizonte e mineiro. Falo do retorno do América às competições oficiais.
Pois é, o Coelho está remontando seu time de basquete adulto e vai disputar a próxima edição do Campeonato Mineiro. Isso será possível por meio da parceria com o Contagem Towers, uma equipe que foi montada, com a cara e a coragem, na cidade da Grande BH, graças ao esforço do ex-jogador Vanderson, ala/pivô, que encerrou a carreira justamente no time de Contagem, aliás, sua terra natal.
Leia Mais
Isso faz a gente voltar no tempo, indo lá atrás, em 9 de dezembro de 1937, quando foi montada a Federação Mineira de Basquete (FMB).
Os fundadores foram América, Atlético, Minas, Palestra Itália (primeiro nome do Cruzeiro), Avia (time de basquete de Lagoa Santa, que tinha como base a Aeronáutica) e Sport Club Paysandu.
Durante muito tempo, o basquete mineiro teve apenas esses times, até 1946, quando surgiu o Ginástico. Depois disso, apareceram o Olympico e o Círculo Militar.
No estado, o maior campeão foi o Uberlândia, vencedor de 13 competições. O Minas é o maior campeão, com 19 títulos. O América soma nove, o Ginástico, sete. Paysandu, três. Contagem Towers, dois e Olympico, um.
O primeiro Campeonato Mineiro foi disputado em 1938, vencido pelo Paysandu, que era um time da Lagoinha. Depois, o América ganhou dois, a seguir o Paysandu foi bicampeão e veio a sequência de mais sete títulos do América.
A partir daí, Minas e Ginástico entraram no cenário do basquete e passaram a dominar e a dividir títulos, até o surgimento do Uberlândia, que chegou com um patrocinador forte e, por isso, trazia vários jogadores de outros estados, muitos deles da Seleção Brasileira.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias relevantes para o seu dia
Nessa época, uma equipe sucumbiu no basquete adulto, o Ginástico, o primeiro clube a ter um patrocínio, mas que, depois de 1998, não conseguiu mais atrair parceiros. Mas o basquete segue como artéria principal do clube, que mantém as categorias de base e já chegou a títulos brasileiros infantil e infanto-juvenil.
Pois o retorno do América, com parceria com o Contagem Towers, abre um caminho. Estamos prestes a ter a disputa de duas importantes competições, o Metropolitano e o Estadual.
Abertos a patrocinadores, Ginástico e Olympico, que podem disputar a competição com as equipes juvenis, se juntariam ao Minas e ao América, no Metropolitano, e no estadual, competiriam com equipes de todo o estado.
A importância do retorno do América Towers está ligada principalmente ao fato de ajudar a reerguer o esporte, em Belo Horizonte e em nível estadual.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.