
Os 103 anos de Maria Helena Andrés são festejados com bolo em exposição
A artista plástica Maria Helena Andrés recebeu amigos na mostra "La nave va", em cartaz na Lemos de Sá Galeria, no Mangabeiras
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Maria Helena Andrés, com nova exposição na Lemos de Sá Galeria, ficou emocionada com a festa que ganhou no vernissage. Com direito a bolo de aniversário pelos 103 anos de vida, além da homenagem do filho, Arthur Andrés, e do neto, Alexandre.
Em mensagem enviada a Beatriz Lemos de Sá, dona da galeria, a artista deixou seu recado. “Você teve um trabalhão ontem, mas deu muito certo. Eu gostei muito”, disse a pintora, com voz firme. “Fiquei muito emocionada com aquela recepção logo na entrada. A gente vê que tem amigos. Eles têm amizade pela gente, admiração. Foi um reforço para minha arte, minha cabeça”. Em “La nave va”, Maria Helena apresenta a releitura da série de barcos iniciada nos anos 1960.
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• MEMÓRIAS
Visto pela última vez nos palcos mineiros há 12 anos com o espetáculo “Os bem-intencionados”, dirigido por Grace Passô, o grupo Lume Teatro volta a Belo Horizonte para celebrar seus 40 anos de história com a temporada de “Kintsugi, 100 memórias”, no CCBB BH. O ator Renato Ferracini diz que o trabalho levou mais tempo para chegar a Minas em razão da pandemia. “Estávamos em cartaz no Centro Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo, realizando a última apresentação e tudo desmoronou. Ao chegarmos em Campinas, fomos surpreendidos pela suspensão das atividades da Unicamp. Como todos, pensamos ingenuamente que a situação se resolveria em semanas”, lembra, referindo-se a 2020, quando o coronavírus impôs o confinamento ao Brasil.
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Dirigida pelo argentino Emilio García Wehbi (El Periférico de Objetos) e escrita por Pedro Kosovski (vencedor dos prêmios Shell e APCA), “Kintsugi, 100 memórias” traz os artistas revisitando em cena memórias coletivas do Brasil da ditadura à redemocratização, além de lembranças pessoais e da própria companhia. A peça ficará em cartaz de 22 de agosto a 15 de setembro, no CCBB BH, na Praça da Liberdade.
• BARROCO EM MINAS
Angelo Oswaldo de Araújo Santos marcou para 18 de agosto, segunda-feira, o lançamento do livro “Geraes: Arte barroca em Minas”. A publicação, aberta com ensaio de Silviano Santiago sobre o autor, reúne textos escritos ao longo de 40 anos. O tema é sempre o barroco, em suas múltiplas expressões mineiras, com destaque para a obra de Aleijadinho e peculiaridades das cidades dos ciclos do Ouro e do Diamante. O encontro, às 19h, na Academia Mineira de Letras, será marcado por debate entre Angelo Oswaldo e Silviano Santiago, mediado por João Barile.
• EM IPANEMA
“Pequenas histórias sobre os dias e as noites do mundo”, exposição do mineiro Marco Tulio Resende, está em cartaz na galeria carioca Cassia Bomeny, em Ipanema. Com curadoria de Marcus Lontra, a individual reúne as séries “Etcetera” e “Ecce homo”. A primeira com pinturas que propõem leitura expandida da memória. A segunda com 10 pinturas de pequeno formato, recém-produzidas a partir de pigmentos terrosos, e duas grandes telas de 2008.
Já as esculturas em cerâmica de “Cabeças” (2013) remetem à história do Bairro das Cabeças, entrada de Ouro Preto no século 18, onde cabeças de condenados eram expostas como forma de intimidação. As obras em cerâmica foram produzidas com terras de diversos municípios mineiros, transformadas em argila e queimadas, por 72 horas, no forno tradicional japonês Noborigama a até 1.280°C, em processo coletivo e ritualístico.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.