Helvécio Carlos
Helvécio Carlos
Com 30 anos dedicados ao jornalismo, com passagens por emissoras de rádio e assessoria de imprensa, é desde 2001 titular da coluna Hit, do jornal Estado de Minas. Entre 2011 e 2017 foi editor da revista Hit, publicação de lifestyle.
HIT

Em 'Rota 69', Marina Lima reviveu sucessos no Palácio das Artes

Cantora fez homenagem ao irmão Antonio Cicero, a Rita Lee e à Timbalada, com sua versão de 'Beija-flor'

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Foram três anos de hiato entre a última apresentação em BH e o show que Marina Lima fez na sexta-feira (30/5), no Palácio das Artes. A espera aumentou a ansiedade dos fãs, que lotaram o Grande Teatro para ver, se surpreender e se emocionar com a turnê “Rota 69”. Em quase duas horas, a cantora relembrou hits de seus 45 anos de carreira, com 22 álbuns. Inegavelmente, ela é responsável pela trilha sonora da vida de muita gente. “Te amo!”, “Amada!”, “Maravilhosa!”, gritavam os mais entusiasmados.

Marina não estava sozinha em cena. Carinhosamente, apresentou sua banda. No baixo, Carol Mathias
(“é dificil mulher tocar baixo e ela arrasa, um orgulho para mim”). Nas guitarras, Geovanni Bizzoto (“fez o meu songbook, não sigo sem ele”) e Gustavo Corsi (“toca muito, está comigo desde o disco 'Sissi na sua'”). Na bateria, Arthur Kunz (“muito foda o que ele faz”). E, para fechar, a bailarina Carol Rangel, “a mais linda de todas”, elogiou. “Se eu pudesse, meu dinheiro desse e soubesse dançar, queria ser igualzinha a ela”, completou Marina.

• TIMBALADA

A noite foi de surpresas. No repertório, além dos clássicos, com destaque para “Virgem”, “À francesa” e “Charme do mundo”, Marina apresentou algumas versões, como a de “Bloco do prazer”. A roqueira foi a melhor amiga de Marília Mattos (1951-2020), ex-mulher de Moraes Moreira, autor da letra com Fausto Lima. Ela mostrou sua releitura de “Beija-flor”, sucesso da Timbalada, e de “Lunch”, de Billie Eilish. Marina acompanhou a interpretação de Catto para “Acontecimento”, no telão. E fez homenagem não menos emocionante a Rita Lee, com “Nem luxo, nem lixo”. Também reverenciou Fernanda Young (1970-2019).

Em “Rota 69”, Marina Lima lembra o irmão, o poeta Antonio Cicero, que morreu em 2024, exibindo no telão o poema “Cofre”. Os dois são parceiros em vários hits do pop nacional. Diagnosticado com Alzheimer, Cicero optou pela morte assistida.

Marina com o jovem fã Rafael, de 2 anos, que os pais levaram para vê-la cantar no Palácio das Artes
Marina com o jovem fã Rafael, de 2 anos, que os pais levaram para vê-la cantar no Palácio das Artes Helvécio Carlos/EM/D.A Press

• NOVIDADE

Mas a surpresa veio, mesmo, nos primeiros minutos do show. Escolhido pouco antes de o espetáculo começar, um grupo de 10 pessoas subiu ao palco para fazer figuração enquanto ela cantava “Mesmo que seja eu", de Erasmo Carlos, aquela do verso "um homem pra chamar de seu”, entusiasmando a plateia. Foi o bailão de Marina, que não perdeu o bom humor nem durante os problemas com a guitarra. “O som está errado”, avisou, pedindo um minutinho à plateia. “Toda vez que mulher pega na guitarra, tem olho gordo”, afirmou.

• GRIPE

Marina ficou visivelmente emocionada. “Me desculpem, estou gripada, mas estou louca para estar aqui. E estou aqui!”, comemorou, sob aplausos calorosos. E não escondeu seu amor por aquele teatro e pela cidade. “Este lugar me emociona todas as vezes que venho aqui. BH a vida inteira comigo, esses anos todos comigo. Obrigada por tudo!”, disse, em meio aos versos de “Fullgás”. Detalhe: naquele momento, usando o quarto figurino da noite, Mariana vestia casaco preto e branco com a letra de “Difícil”, que ela havia cantado no início do show.

• NOVA GERAÇÃO

A base do fã-clube de Marina é a turma 50+, mas, pelo que se viu em BH, nova geração de tietes vem por aí. Gleydston Rodrigues Ferreira foi ao teatro com o filho Rafael, de 2 anos, o sobrinho Miguel, de 7, e as mães das crianças. Orgulhoso, Gleydston contou que era o primeiro show dos meninos, que ficaram atentos às luzes e à multidão que voltava para casa com a certeza de ter visto uma noite inesquecível da carreira de Marina Lima.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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