
Cantor de trio elétrico diz que teve que ensaiar para fazer show sentado
Em apresentação ao lado de Luiz Caldas em BH, Durval Lelys, ex-Ásia de Águia, brincou com a "dificuldade" de se adaptar ao formato acústico com banquinho
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A relação de amizade entre Durval Lelys, que por 26 anos esteve à frente do Asa de Águia, e Luiz Caldas, o pai do Axé Music, remete ao início do movimento, que completou 40 anos. Um dos primeiros encontros dos dois está registrado na faixa “Iorubandê”, do disco de estreia do Asa, “Com amor”, de 1991.
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Muito tempo passou, até que eles finalmente dividissem o palco. Na última quarta-feira (9/4), Durval e Luiz Caldas subiram ao palco do Sesc Palladium, com show acústico em que, para a alegria dos fãs, cantaram sucessos do repertório de ambos e canções que admiram, como “Blowin’ in the wind”, de Bob Dylan; “Back for good”, da banda inglesa Take That; “Avohai”, do repertório de Zé Ramalho; “Revelação”, sucesso na voz de Fagner; “Sangue latino”, de Ney Matogrosso; “Selva branca”, do Chiclete com Banana.
• BANQUINHO
Conversando com o público, que lotou o teatro, Durval disse que nunca foi tão próximo de Luiz Caldas como agora. Vizinhos, fazem algumas atividades juntos, como andar de bicicleta. “Eu nunca fiz teatro, e ele é mestre para fazer esse tipo de show. Há uns 15 dias venho ensaiando para ficar sentado aqui (no banquinho)”, revelou, provocando gargalhadas nos fãs, que sempre o viram pulando no alto de trios elétricos.
“Sensação boa. Obrigado, Luiz. Já me apaixonei”, brincou. Luiz também foi bem humorado com a plateia. “Gente, vamos igual em show de axé para ver se está legal. “Quem está gostando dá um grito aí!” Depois da resposta mais que satisfatória do público, Caldas emendou: “Agora vamos voltar a ficar quietos”.
O que foi impossível. Os fãs não pararam quietos. Cantaram e, na hora de “Dança da manivela”, de pé, tentaram fazer trechos da coreografia conhecida pelos fãs do Asa. Diferentemente do formato de apresentação em que um cantor sai para o outro fazer seu set, Durval e Luiz ficaram em cena o tempo todo.
• SOLIDARIEDADE
O show marcou a abertura do Programa Sesc Mesa Brasil, em que cada ingresso é trocado por quatro quilos de alimentos não perecíveis. Minutos antes de subirem ao palco, os baianos receberam a imprensa. Luiz elogiou a iniciativa do Sistema Fecomércio MG.
“Projeto maravilhoso por ajudar com o que o ser humano mais precisa, que é alimento”, afirmou. Para Durval, participar é gratificante e o deixa mais feliz com o sucesso de um projeto que faz bem para as pessoas. Em 2024, foram arrecadadas mais de 12 toneladas de alimentos, como resultado da troca de ingressos para shows de Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, Daniela Mercury e Gabriel Mercury, FBC convida Fat Family, Os Paralamas do Sucesso e Maria Rita.
• ADOLESCÊNCIA
Karina Junqueira, professora da PUC Minas doutora em Ciência Política, e Ana Carolina Fonseca, cientista social e educadora, são as convidadas da próxima edição do Ciclo de Debates Sábados Feministas (26/4), projeto da Academia Mineira de Letras (AML) em parceria com o Movimento Quem Ama Não Mata.
A partir da análise da série inglesa "Adolescência", elas irão debater o tema "O machismo conectado - Redes sociais e violência de gênero".
• FOTOGRAFIA
Pinhole Day, em 26 de abril, data que celebra a fotografia artesanal no mundo, tem programação especial em Belo Horizonte. O workshop Fotografia Pinhole está marcado no Museu da Imagem e do Som, às 9h; no Museu Abílio Barreto, às 10h; e no Museu da Moda, às 13h. O encontro será conduzido por Alexandre Lopes e Douglas Machado, pesquisadores e apaixonados pelas técnicas analógicas. A atividade é gratuita.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.