Gustavo Nolasco
Gustavo Nolasco
DA ARQUIBANCADA

Tá acabando a última Libertadores sem o Cruzeiro (ufa!)

Em 2026, La Bestia Negra voltará para a competição continental que tanto lhe teve como uma das equipes mais charmosas desde 1967

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Pode cravar, sem perigo nem de o prego entortar: as semifinais que se iniciam nesta semana serão as da última edição da Copa Libertadores sem a presença do Cruzeiro Esporte Clube. Os amantes do futebol sul-americano raiz e de tradição podem ficar tranquilos. Em 2026, La Bestia Negra voltará para a competição continental que tanto lhe teve como uma das equipes mais charmosas desde 1967.

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Com 56 pontos na tabela, restando ainda nove jogos para disputarmos, mesmo que não estejamos matematicamente classificados, não há mais razão para ter medo em afirmar que estaremos entre os cinco brasileiros classificados de forma direta, seja pelas vagas destinadas aos primeiros colocados do Campeonato Brasileiro ou pela guardada para o campeão da Copa do Brasil.

Falta quanto para isso? Mais conservadores, os matemáticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) falam em 67 pontos como nota de corte para qualquer equipe garantir a vaga ao menos na pré-Libertadores. Mas na mais maleável ciência da boleiragem, tal pontuação será mais do que suficiente para estarmos entre os classificados diretamente para a fase de grupos de 2026. Ou seja, nos faltam 11 pontos em 27 ainda em jogo.

Vamos conquistá-los – e antecipadamente (escreva aí no seu caderninho de cobrar promessas). A ausência das cinco estrelas do Cruzeiro no céu do futebol da América do Sul vai se tornar só uma triste página do passado.

Mas, mesmo em meio a todo esse otimismo justificável e merecido, quando falamos de passado surgem algumas perguntas e constatações indigestas, que merecem reflexão para pensarmos o futuro e a fidelização das próximas gerações de torcedores da Nação Azul.

Nenhum cruzeirense com menos de 30 anos sentiu a emoção de conquistar a América. Os com menos de 20 primaveras, por exemplo, não viram o Cruzeiro chegar a uma final de Libertadores.

Quantos cruzeirenses viveram esses idos tempos de protagonismo do Cabuloso no futebol do continente? Quando foi o último jogo do Cruzeiro pela Libertadores que você assistiu nas arquibancadas? Quantos anos você tinha em 1997, quando o Cruzeiro conquistou pela última vez a Copa?

No último final de semana, ao analisar a posição de destaque do Cruzeiro na tabela do Brasileirão e com uma certa frustração no ar pela distância maior para o título, nosso treinador, Leonardo Jardim, mostrando conhecimento sobre a história do Palestra/Cruzeiro, também tocou no passado/presente/futuro. Nenhum torcedor com menos de 15 anos viu a conquista do último Brasileirão.

Para apimentar a reflexão, é bom lembrar que são esses mesmos torcedores com menos de 30 anos que formam a grande maioria dos torcedores que estão garantindo a média próxima de 40.000 torcedores presentes por jogo do Cruzeiro nas três últimas edições do Brasileirão – pode incluir a Série B de 2022 também.

Recentemente, ouvi do meu amigo Renatão Gomes, um dos grandes cruzeirenses brutos, que vivemos um momento mágico, com o orgulho sendo restabelecido e – o mais importante – “tendo uma geração de pequenos cruzeirenses pela primeira vez empolgada”.

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Tudo isso para lembrar que, mesmo se o penta do Brasileirão não vier este ano, ao colocar La Bestia Negra novamente na Copa Libertadores, depois de seis anos de ausência, a SAF está abrindo caminho para acontecer, talvez, a mais importante reparação histórica em relação à torcida cruzeirense.

A Libertadores de 2026 significará uma deliciosa volta ao passado para os velhos cruzeirenses, mas será também – e principalmente – a primeira oportunidade para milhares de jovens cruzeirenses assistirem, com os próprios olhos e corações, a La Bestia Negra indo em busca da glória continental.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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