Fabiano Moraes
Fabiano Moraes

Como Rodrigo Paiva virou liderança no coração dos Emirados Árabes

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O brasileiro Rodrigo Paiva é hoje uma das maiores lideranças nacionais em atuação internacional e o principal articulador da iniciativa privada nas relações econômicas entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos. Com uma década de vida estabelecida em Dubai, e oito anos à frente de suas próprias operações empresariais, ele ocupa um espaço raro entre executivos brasileiros: o de quem construiu uma plataforma real e concreta de negócios, indo além dos tradicionais discursos de acesso ou contatos informais que, muitas vezes, caracterizam abordagens superficiais na região.

Sua chegada a Dubai, dez anos atrás, seguiu um movimento comum de brasileiros em busca de oportunidades de expansão profissional. Nos dois primeiros anos, atuou em uma empresa, o que lhe permitiu compreender de perto a lógica de negócios e as nuances culturais da região. Com esse aprendizado inicial, percebeu que havia ali um ambiente muito maior do que uma simples possibilidade de crescimento individual: um verdadeiro hub global de negócios, com forte capacidade de conectar mercados e setores estratégicos de diversos continentes. Foi a partir dessa compreensão que, há oito anos, abriu seu primeiro negócio próprio: uma trading focada em exportação. Desde então, sua atuação só expandiu.

Hoje, é fundador e CEO do Redwood Prime Group, conglomerado multinacional com operações em comércio internacional, logística, inteligência de mercado, real estate, consultoria estratégica, serviços corporativos e tecnologias emergentes, com presença consolidada no Oriente Médio, África, Américas e Ásia.

Um dos primeiros aprendizados que precisou absorver foi o de respeitar o tempo e o processo cultural do mercado árabe. “Aqui, a confiança é construída com o tempo, sem pressa e sem alarde. Relacionamento vem antes de qualquer planilha de viabilidade”, afirma. Mais do que apresentar produtos ou buscar investimentos imediatos, foi necessário compreender a lógica de poder, a dinâmica institucional e, sobretudo, romper com a visão extrativista com que o Brasil, historicamente, costuma se aproximar do Oriente Médio. “Muitos brasileiros vêm apenas para ‘tirar’ e não para construir alianças de longo prazo. Eu precisei romper com essa narrativa e entregar projetos que agregassem valor real aos stakeholders locais”, acrescenta.

Essa postura foi determinante. Em vez de atuar como mero conector — papel comum entre intermediários na região — Paiva consolidou uma plataforma legítima e de entregas concretas. Suas operações contam com apoio institucional direto de entidades como Emirates Airline, Abu Dhabi Investment Office e Dubai CommerCity, players que dificilmente se associam a projetos sem robustez estratégica. “Esses parceiros se associam a nós porque sabem que entregamos resultado. Enquanto muitos prometem acesso, nós entregamos negócios”, pontua.

Sua atuação ocorre em meio à expansão crescente do comércio bilateral. Em 2024, as exportações brasileiras para os Emirados somaram US$ 4,54 bilhões, consolidando o país árabe como principal destino das exportações brasileiras no mundo árabe, segundo dados oficiais do Ministério da Economia. O intercâmbio comercial não-petroleiro entre os dois países ultrapassou US$ 4 bilhões em 2022, com crescimento acumulado de 32% sobre o ano anterior. Em uma década, o volume de negócios já soma aproximadamente US$ 30 bilhões, evidenciando o amadurecimento das relações econômicas e o potencial ainda latente para novos investimentos.

Liderar neste ambiente globalizado exige habilidade para conduzir equipes altamente multiculturais. Ao longo dos anos, Paiva já liderou times com profissionais de mais de 20 nacionalidades diferentes, o que define como uma “orquestra multicultural” que demanda clareza de propósito, comunicação assertiva e total coerência entre discurso e prática. “Aqui, respeito se conquista na prática.”

Nos últimos doze meses, Paiva esteve diretamente envolvido na entrada de mais de 20 empresas brasileiras no Oriente Médio, viabilizando, segundo ele, mais de meio bilhão de reais em investimentos estrangeiros diretos. Seus próximos passos envolvem ampliar ainda mais essa presença, mas agora também no sentido inverso: atrair capital árabe para o Brasil. “Ainda há muito espaço para investimentos árabes em setores estratégicos brasileiros, como infraestrutura, inovação, agronegócio e sustentabilidade. Mas é preciso construir esse caminho com segurança, estratégia e credibilidade institucional”, afirma.

Formado em Administração de Empresas, com MBA em Gestão Internacional e formação executiva na Fudan University, na China, Paiva reúne ainda experiências profissionais em hubs como China e Singapura, o que lhe confere visão geopolítica e sensibilidade intercultural apurada. Casado e com família estabelecida em Dubai há dez anos, ele alia a vivência pessoal à atuação profissional com um objetivo claro: representar e abrir portas para o Brasil no exterior com inteligência, profundidade e resultados concretos.

Mais do que um empresário, Rodrigo Paiva representa uma nova geração de lideranças globais brasileiras que atua com pragmatismo e visão de longo prazo em mercados de alta complexidade. “Aqui, ou você tem as chaves certas, ou nem entra no salão principal”, resume.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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