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O mercado de trabalho para eletricistas em Belo Horizonte vive um momento de aquecimento, impulsionado pela retomada da construção civil e pelo aumento de reformas residenciais pós-pandemia. Segundo dados do Sinduscon-MG (Sindicato da Construção Civil de Minas Gerais), a demanda por profissionais qualificados na área elétrica cresceu 15% nos últimos 12 meses.
A expansão do setor está diretamente relacionada ao boom imobiliário que a região metropolitana experimenta desde 2023. Novos empreendimentos residenciais e comerciais demandam instalações elétricas cada vez mais sofisticadas, incluindo sistemas de automação residencial e energia solar.
"Nunca tivemos tantas oportunidades. O problema agora é encontrar mão de obra qualificada", afirma João Carlos Mendes, presidente do Sindicato dos Eletricistas de Minas Gerais. Ele destaca que muitos profissionais migraram para outras áreas durante a crise econômica e agora o setor enfrenta escassez de trabalhadores experientes.
O cenário favorável também reflete a crescente conscientização sobre eficiência energética entre os consumidores. A instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica, em particular, tem sido um dos principais motores do crescimento. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que Minas Gerais lidera o ranking nacional em potência instalada.
Para os profissionais da área, as oportunidades se traduzem em melhores salários. Um eletricista com experiência em sistemas fotovoltaicos pode ganhar até 40% mais que a média da categoria, que gira em torno de R$ 2.800 mensais na região metropolitana de BH.
Os desafios, no entanto, persistem. A falta de cursos técnicos especializados e a necessidade constante de atualização tecnológica são apontados como os principais gargalos para o crescimento sustentável do setor.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.