Paulo Galvão
Paulo Galvão
Jornalista formado pela PUC Minas
DOIS TOQUES

O ocaso de três craques do futebol se aproxima

Hulk me parece que, dos três, é o que mais deseja novas conquistas coletivas antes de encerrar a brilhante carreira

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A idade chega para todos, inclusive para os gênios. E três dos melhores jogadores de futebol que tive oportunidade de ver em ação vivem o ocaso: Cristiano Ronaldo, Hulk e Messi.

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Não desejo aposentar ninguém, cada um deve exercer sua profissão enquanto se sentir em condições. E os astros da bola não precisam se manter na ativa por dinheiro, o fazem pelo prazer, por comodidade e mesmo por vaidade. Mas eles sabem que o fim de carreira se aproxima.

Messi, por exemplo, deixou a Europa para atuar na principal liga do futebol norte-americano, bem menos competitiva. Campeão de tudo pelo Barcelona, pensou na família, que, segundo ele, se sente muito bem morando na Flórida.

Até mesmo a Seleção Argentina, antes prioridade, parece agora estar sem segundo plano. Até porque, conseguiu levá-la ao título mundial em 2022.

“É algo extraordinário poder estar na Copa do Mundo. Gostaria de estar bem e ser parte importante para ajudar minha Seleção”, detalhou Messi, em entrevista à rede NBC, sem ainda garantir que estará no Mundial de 2026. “Vou avaliar no dia a dia, quando começar a pré-temporada no ano que vem com o Inter Miami, ver se realmente posso estar 100%, se posso ser útil à Seleção. Então, tomarei a decisão.”

Na última quinta-feira (23/10), o Inter Miami anunciou a renovação do craque até o fim da temporada 2028. Ou seja, se o contrato for cumprido integralmente, o camisa 10 atuará até completar 41 anos, idade em que muitos já penduraram as chuteiras.

Muitos, mas não Cristiano Ronaldo. Perto de completar 41 anos – em 5 de fevereiro próximo –, o Gajo se mantém em atividade no futebol da Arábia Saudita, onde acumula frustrações com a camisa do Al Nassr desde 2022: na última terça-feira (28/10), por exemplo, viu sua equipe ser eliminada da Copa do Rei Saudita pelo Al-Ittihad. Foi a 13ª queda no clube, onde o craque ainda não conquistou títulos, apesar de seguir marcando gols e dando assistências.

Uma seca absurda para quem foi conquistou 34 títulos na carreira por Sporting, Manchester United, Real Madrid e Juventus. Também ajudou a Seleção Portuguesa a conquistar seus únicos títulos oficiais: a Eurocopa'2016 e a Liga das Nações'2018-19 e 2024-25.

O contrato foi renovado em junho até 2027 e, segundo a imprensa europeia, CR7 receberá 209 milhões de euros por ano (cerca de R$ 1,3 bilhão) e ainda receberá 15% das ações do clube saudita. Para completar, o novo compromisso prevê bônus em caso de títulos, classificações, gols marcados e assistências, além de 16 funcionários à disposição.

Mas o que parece mesmo mover Cristiano Ronaldo é ser o primeiro a chegar aos mil gols na carreira contabilizando apenas jogos oficiais. Atualmente, o atacante conta com 950 gols entre clubes e Seleção Portuguesa e no futebol árabe tem grandes chances de atingir o objetivo. Aí, talvez decida se retirar.

Hulk, por sua vez, já teve salários superiores ao dos dois astros citados, e continua sendo muito bem remunerado no Atlético. Mas me parece que, dos três, é o que mais deseja novas conquistas coletivas antes de encerrar a brilhante carreira.

Isso ficou claro quando ele marcou o terceiro gol do Galo na vitória por 3 a 1 sobre o Independiente del Valle-EQU e se ajoelhou para agradecer o fim do jejum de gols que vivia neste segundo semestre – eram 15 jogos. Após o jogo, enalteceu o respeito pela instituição e afirmou que tudo fará para seguir ajudando.

“O sonho agora é ganhar a final (da Sul-Americana). (...) Eu nunca vou deixar de confiar neste clube que eu tenho tanto respeito e carinho”, disse, em entrevista à ESPN. “Futebol é muito forte, mexe com a gente. Aos 39 anos, a gente cansa de concentração, de viagem, mas eu amo jogar futebol. (...) Futebol mudou minha vida, me permitiu ajudar meus familiares, ajudar muita gente. O mínimo que eu possa ter por ele é respeito e gratidão. Até quando eu puder jogar, vou jogar com respeito e gratidão.”


FAVORITO

Por falar na decisão da Copa Sul-Americana, o Atlético é favorito ao título, seja o adversário na final o Lanús ou a Universidad de Chile, que se enfrentam hoje, na Argentina. Mesmo com todos os problemas da temporada, o Galo é muito superior individualmente que argentinos ou chilenos.

Isso quer dizer que os atleticanos já podem comemorar? Claro que não. Ainda mais por se tratar de um jogo único, será preciso muita concentração para confirmar o favoritismo. Mas a taça está bem encaminhada.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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