Paulo Galvão
Paulo Galvão
Jornalista formado pela PUC Minas
DOIS TOQUES

Clubes movem as peças no 'xadrez' do futebol

Na janela de transferências, quem contratou melhor ou qualificou mais o grupo de atletas; quais equipes perderam peças fundamentais? Não é uma análise fácil

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Ainda antes do encerramento da janela de transferências do futebol brasileiro, na noite da última terça-feira, as discussões sobre as movimentações dos clubes no mercado se fizeram bastante presentes entre torcedores e imprensa especializada. Quem contratou melhor, quem qualificou mais o grupo de atletas, quais equipes perderam peças fundamentais, quanto tempo será necessário para sabermos como vão se sair os times reformulados são algumas das questões tratadas pelos fãs do esporte mais popular do mundo.

Não é uma análise fácil. Primeiro porque o futebol sempre nos prega peças. Depois, porque depende muito de como será o desempenho dos novos elencos, passando pelos valores gastos e recebidos nas negociações e a adaptação de cada um ao novo clube.

O Flamengo, por exemplo, gastou quase R$ 280 milhões para contratar o lateral-direito Emerson Royal, os meio-campistas Jorginho, Saúl e Carrascal e o atacante Samuel Lino. Boa parte dos recursos veio das vendas de dois titulares absolutos: o lateral-direito Wesley e o meia Gérson.

Teoricamente, o rubro-negro está mais forte do que antes, pela qualidade dos que chegaram e também pela quantidade. Mas só poderemos confirmar isso ao fim da temporada, não só com a conquista de títulos, mas pelo futebol apresentado.

O mesmo vale para o Palmeiras, segundo clube que mais investiu neste meio de ano, com quase R$ 250 milhões. O principal alvo foi o meia Andreas Pereira, que pode dar muita qualidade à equipe de Abel Ferreira.

Sem tanto poder financeiro, mesmo após vender Rubens ao Dínamo de Moscou por R$ 78 milhões, o Atlético gastou cerca de metade em contratações. R$ 36 milhões foram destinados apenas à contratação do volante Alexander. Por empréstimo, vieram o zagueiro Ruan e o atacante Biel. Já o meia-atacante Reinier foi liberado pelo Real Madrid.

Deles, considero que Alexander é o único que chega com status de titular, tanto pela qualidade quanto pela escassez de opções na Cidade do Galo. Biel tem potencial para brigar por vaga no time, principalmente porque Dudu e Rony não conseguem entregar o que se espera deles. Reinier surgiu bem no Flamengo, mas não deixou saudades nos clubes que defendeu na Europa, enquanto Ruan parece ter sido contratado para compor elenco.

No Cruzeiro, os gastos ultrapassam os R$ 100 milhões, sendo parte financiada. O atacante colombiano Sinisterra, por exemplo, exigiu investimento de R$ 16 milhões à vista e mais R$ 22 milhões parcelados até o meio do ano que vem. O valor pode chegar a R$ 69 milhões se o clube decidir adquirir 100% dos direitos ao fim do período inicial de 12 meses. Já o também atacante equatoriano Keny Arroyo teve 50% dos direitos adquiridos por R$ 50 milhões. Ambos foram indicados por Leonardo Jardim, mas inicialmente chegam para serem opções durante os jogos.

Os dirigentes celestes também fizeram apostas. O lateral-direito Kauã Moraes, de 18 anos, e o volante Ryan Guilherme, de 22, custaram R$ 10 milhões (100% dos direitos) e R$ 4,5 milhões (40%), respectivamente. A intenção da diretoria é que eles ofereçam retorno técnico e financeiro, mas não imediatamente.

O tempo nos dirá quem se mexeu melhor. O certo é que, a partir de agora, devemos ter muitas mudanças no desempenho dos competidores, principalmente no Campeonato Brasileiro.


No Maracanã

Estou com grande expectativa pela primeira partida de Carlo Ancelotti comandando a Seleção Brasileira no Maracanã, esta noite, pela 17ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O adversário veio a calhar: o Chile não só está fora do próximo Mundial, como ocupa a lanterna da disputa, com apenas 10 pontos em 16 jogos, nos quais marcou nove gols e sofreu 24.

Com a vaga já garantida, o Brasil pode oferecer um bom espetáculo e o treinador poderá fazer observações importantes visando a lista final. O mesmo não deverá ser possível no último compromisso das Eliminatórias, que serão disputadas a 4 mil metros de altitude, em El Alto, contra a Bolívia, na próxima terça-feira.

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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