
O velho "dilema" nos mata-matas
Na Copa do Brasil, Atlético fará o segundo jogo contra o Maringá, em BH, e o Cruzeiro definirá sua sorte contra o Vila Nova-GO, em Goiânia
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Uma discussão que volta a cada etapa de uma competição disputada no sistema eliminatório, o popular mata-mata, é se o melhor é ser mandante na partida de ida ou na de volta. Nesta semana, com a disputa das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, o assunto voltou à baila e cada posição ganhou novos argumentos.
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O que ficou claro é que o melhor mesmo é vencer o primeiro jogo, seja em casa ou fora. Foi o que fizeram Arsenal, Barcelona e Paris Saint-Germain, em seus domínios, e a Inter de Milão, como visitante. Os três primeiros abriram boas vantagens como mandantes contra Real Madrid, Borussia Dortmund e Aston Villa, respectivamente, e avançaram mesmo perdendo, nos casos de Barça e PSG, ou vencendo, caso dos Gunners, os jogos de volta na casa dos adversários. Já o time italiano ganhou por vantagem mínima, o que é um feito e tanto em se tratando da principal competição de clubes do mundo, e, empurrado pela torcida no Estádio Giuseppe Meazza-San Siro, garantiu a vaga com certa tranquilidade ao empatar por 2 a 2 com o Bayern.
Aqueles que preferem ser mandantes na ida vão dizer que estas quartas de final provam que estão certos. Já os que defendem que decisão em casa é sempre melhor podem alegar que o problema foi o placar elástico sofrido no primeiro jogo. Se fosse uma derrota “normal”, teria sido descontada na volta, com a ajuda dos torcedores.
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Como sou de Minas Gerais, gostaria de lembrar que na terceira fase da Copa do Brasil os tradicionais rivais mineiros estão em situações distintas. Enquanto o Atlético fará o segundo jogo contra o Maringá em Belo Horizonte, o Cruzeiro definirá sua sorte contra o Vila Nova-GO em Goiânia.
Ressaltando-se também que o adversário celeste se sagrou campeão goiano e está na Série B do Campeonato Brasileiro, e o do Galo perdeu a final do Paranaense para o Operário-PR nos pênaltis e está na Série C, para você, algum dos dois entra em vantagem? Da minha parte, vejo os atleticanos em melhor situação. Mas, como sempre, é grande a chance de eu estar equivocado.
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Sempre as apostas
O indiciamento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, pela Polícia Federal por supostamente ter forçado cartão amarelo para favorecer apostadores em um jogo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, levanta novamente a questão das Bets no nosso futebol. Quem deve decidir se houve ou não crime é a Justiça, mas todos que gostam do esporte mais popular do mundo precisam contribuir para a lisura das disputas.
O ex-amador Diego Ribas, que dividiu vestiário com BH27 no próprio rubro-negro publicou um vídeo nas redes sociais no qual defende que os clubes, bem como as próprias empresas de apostas, deveriam tomar a iniciativa de orientar os atletas a não se meter em situações que possam prejudicar bastante, quando não encerrar, suas carreiras. “É preciso reeducar os jogadores e mostrar como se comportar neste ambiente em que eles estão inseridos hoje”, diz o ex-jogador.
Concordo. E acrescento que é preciso que todos estejam atentos a possíveis fraudes, punindo quem sair da linha.
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Se o futebol perder a credibilidade, todo mundo sairá prejudicado, dos empresários que investem em SAFs aos próprios atletas, passando por toda a indústria que o esporte movimenta – não é pouca gente se levarmos em conta de vendedores ambulantes aos fabricantes de material esportivo. Uma força-tarefa com todos os envolvidos não seria uma má ideia.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.