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Paulo Galvão
Paulo Galvão
Jornalista formado pela PUC Minas
DOIS TOQUES

Quando torcedores viram "amigos da onça"

É preciso que os torcedores se conscientizem de que, ao invés de ajudar suas equipes, atitudes como essas acabam prejudicando-as

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Esta semana o futebol mineiro vive situação inusitada: Cruzeiro e Atlético mandam jogos em Belo Horizonte, mas sem o apoio de suas torcidas “in loco”. Isso porque os tradicionais rivais cumprem punições impostas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) pelo mau comportamento de seus torcedores ainda no ano passado.

Ou seja, os clubes são obrigados a jogar com portões fechados porque alguns dos que deveriam incentivá-los resolveram ignorar as regras e usar sinalizadores fogos de artifício em jogos por competições continentais. Há quem alegue que tais artefatos não representam perigo, mas não é o que pensam a entidade que comanda o futebol na América do Sul, nem as forças de segurança brasileiras. E se há proibição, ela deve ser obedecida.

 

 

No caso da Raposa, as regras foram descumpridas no empate por 1 a 1 com o Lanús-ARG, na ida das semifinais da última edição da Sul-Americana, em outubro passado. Os artefatos provocaram atraso de 14 minutos no início da partida, que foi paralisada pelo mesmo motivo durante a disputa do segundo tempo. Além de atuar com portões fechados, o Cruzeiro teve de pagar multa de US$ 157 mil (R$ 946 mil na cotação da época).

Também em outubro e em jogo de ida de semifinais, mas da Copa Libertadores, os atleticanos acenderam sinalizadores na Arena MRV durante a vitória por 3 a 0 sobre o River Plate. Como reincidente, foi penalizado com dois jogos de suspensão, sendo que o segundo será cumprido diante do Caracas-VEN, pela quinta rodada da fase de grupos da Sul-Americana, em 15 de maio. O Galo ainda pagou multa de US$ 80 mil (R$ 470 mil à época).

E para quem acha que a Conmebol só pune clubes brasileiros, o River Plate também teve de jogar esta semana com portões fechados. É que uma semana depois do jogo em BH, no ano passado, seus torcedores tiveram o mesmo comportamento dos atleticanos na partida de volta. Assim, os millonarios ficaram no 0 a 0 com o Barcelona de Guayaquil-EQU, no Monumental de Núñez, na última terça-feira, sem seus hinchas, pela segunda fase da Libertadores.

 

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É preciso que os torcedores se conscientizem de que, ao invés de ajudar suas equipes, atitudes como essas acabam prejudicando-as. Além de não poderem incentivar os atletas e pressionar os adversários, causam dano financeiro, tanto pelas multas recebidas pelo clube quanto pela impossibilidade de vender ingressos.


Polêmica

Como já abordei neste espaço, os equipamentos eletrônicos não têm evitado erros da arbitragem brasileira. O que ocorreu no último domingo nos jogos Internacional x Cruzeiro e Sport x Palmeiras é injustificável.

No caso da expulsão do zagueiro celeste Jonathan Jesus, Marcelo de Lima Henrique (CE) poderia ter sido salvo por Daiane Muniz (SP), responsável pelo VAR. Mas, pelo áudio divulgado pela CBF, ela não só corroborou com o erro como ainda elogiou a atitude do árbitro de campo. Inacreditável.

 

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No Recife, caberia a Rodrigo Nunes de Sá impedir Bruno Arleu de Araújo de definir a vitória palmeirense. Mas os dois representantes da Federação do Estado do Rio de Janeiro preferiram manter o pênalti inexistente marcado em Raphael Veiga, já no fim da partida.

 

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Não por acaso, as equipes de arbitragem que atuaram nas duas partidas foram suspensas “por tempo indeterminado” pela CBF. Tomara que aprendam alguma coisa na famosa “reciclagem” a que serão submetidas. E que suas falhas ensinem alguma coisa a quem vai continuar apitando.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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