Apodrecimento mental é tendência para sociedade
Expressão significa "cérebro podre", indicando preocupação com uso exacerbado de tecnologias, comprometendo capacidade mental das pessoas, à médio e longo prazo
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Todos os anos, palavras ou expressões são escolhidas para definir os últimos meses no mundo. O Dicionário de Oxford definiu que “brain rot” seria o termo mais adequado para o ano de 2024.
A expressão significa “cérebro podre” em português, indicando uma preocupação da organização com o uso exacerbado de tecnologias, que comprometem a capacidade mental das pessoas, a médio e longo prazo, sem que percebam.
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Já faz algum tempo que especialistas demonstram maior preocupação com o uso constante de aparelhos celulares e televisores, entre outros equipamentos, gerando diversas discussões sobre os reais efeitos entre as pessoas, alertando sobre como esse hábito compromete o futuro.
Os jovens são um dos grupos mais conectados, afinal, estão sempre com os celulares em mãos, antenados sobre o que está acontecendo no mundo e se distraindo. Eles passam horas na frente das telas, assistindo vídeos aleatórios, sem qualquer profundidade, atrapalhando o estudo e a criação de vínculo com os companheiros de classe.
A situação foi um dos motivos para o governo brasileiro, seguindo a decisão de outros países, proibir os aparelhos em ambiente escolar, provocando um desconforto entre os estudantes por permanecerem tanto tempo longe dos telefones, que hoje se tornaram uma extensão do corpo humano.
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A verdade é que a tecnologia facilita a vida e não é exatamente recente. Afinal, as calculadoras já existem há algumas décadas, auxiliando no trabalho para fazer cálculos, curtos ou mais complexos. Não deveria ser surpresa que, aos poucos, com tanta novidade, seja tendência deixar o cérebro apodrecer.
Para se ter uma ideia, nem mesmo o termo “brain rot” é tão recente. Ele teria sido usado, pela primeira vez, no livro Walden, de Henry David Thoreau, em 1854, em um contexto bastante diferente do século 21, mas que já preocupava o autor pela falta de valorização de ideias complexas, que faziam o cérebro trabalhar constantemente em busca de soluções, evitando atrofiar ou se tornar alienado.
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As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.