Os feitos aconteceram durante a missão Polaris Dawn e só foram possíveis graças a uma série de avanços tecnológicos       -  (crédito: AFP PHOTO / SpaceX / Polaris)

Os feitos aconteceram durante a missão Polaris Dawn e só foram possíveis graças a uma série de avanços tecnológicos

crédito: AFP PHOTO / SpaceX / Polaris

Hoje, o mundo registrou um momento histórico. Pela primeira vez, uma pessoa “comum”, que não é um astronauta profissional, fez uma caminhada espacial.

 

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A imagem de Jared Isaacman, bilionário que financia missões da Space X, saindo da cápsula Crew Dragon, com o Planeta Terra ao fundo, provavelmente se tornará a mais impressionante do ano, e a beleza natural do planeta azul tornou o show tecnológico ainda mais surpreendente.

 

Esses feitos aconteceram durante a missão Polaris Dawn e só foram possíveis graças a uma série de avanços tecnológicos. Cada componente da missão, desde o foguete até os trajes, representa um avanço significativo na engenharia espacial.

 

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O foguete Falcon 9 possui várias inovações em relação aos seus antecessores. Para começar, ele foi projetado para ser reutilizável. Mas, para que isso fosse possível, várias tecnologias tiveram que ser desenvolvidas. O primeiro estágio precisava retornar à Terra sem danos significativos, o que tornava necessário que a Falcon 9 realizasse um pouso vertical. Um dos avanços mais interessantes para que isso acontecesse foram as quatro aletas hipersônicas posicionadas na base do inter-estágio. Elas orientam o foguete durante a reentrada movendo o centro de gravidade e permitindo um pouso suave. O Saturn V e o Space Shuttle, foguetes que eram utilizados anteriormente, não permitiam isso. Essas novidades tornam os custos de operação dos foguetes muito menores.

 

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O segundo avanço tecnológico impressionante é a cápsula Crew Dragon. Ela é considerada a grande inovação que permitiu que civis fossem ao espaço. Isso porque ela é controlada por um sistema quase totalmente autônomo, diminuindo a dependência dos astronautas. Além disso, ela possui outros avanços como maior espaço para pessoas e carga; sistema de cancelamento do lançamento, que pode ser ativado em qualquer momento, e design interior mais moderno e confortável em relação a outras cápsulas espaciais utilizadas anteriormente. Tudo isso permite que a estrutura seja mais segura, confortável e mais fácil de operar.

 

 

Por fim, os EVA, ou Traje de Atividade Extraveicular, na sigla em inglês, são o avanço tecnológico que mais chama a atenção. As roupas que habitam nosso subconsciente e eram utilizados para as missões da NASA eram chamadas de EMU ou Unidade de Mobilidade Extraveicular, na sigla em inglês. Elas eram grandes e desajeitadas. O EVA é mais leve e flexível, equipado com sistemas avançados de suporte à vida. O capacete possui um display que permite aos astronautas visualizar informações críticas sobre o status do traje e da missão diretamente no visor. Ele também é feito com novos tecidos e materiais de proteção térmica e equipado com câmeras integradas que documentam tudo ao redor e aumentam a comunicação visual. Além disso, possui sensores que monitoram continuamente os sinais vitais dos usuários e enviam os dados em tempo real para a equipe de suporte.

 

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Com um nome que pode ser traduzido como “amanhecer polar”, a missão Polaris Dawn prometer ser o começo de uma nova era na exploração espacial. Com o avanço das tecnologias, a missão abre caminho para um futuro no qual o turismo espacial seja, de fato, uma realidade.