
Estado e empresários, uni-vos!
Os nacionais e latino-americanos seguem repetindo os velhos refrões neoliberais, a esta altura, carcomidos
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O desconforto das elites tupiniquins piora a cada dia em que o “vizinho modelo” vai sendo emparedado pela população argentina. Com mais de 60% da população vivendo abaixo da linha de pobreza, nesta quarta feira, milhares de argentinos engrossaram aquilo que era um protesto apenas dos aposentados: o elemento adicional foi a presença de centenas de torcedores de vários clubes argentinos de futebol, mobilizados em apoio aos aposentados, que, segundo estimativas, respondem por cerca de30% dos cortes promovidos por Javier Milei.
A Argentina assistiu à brutal repressão policial, incentivada por Milei sobre idosos, com direito a uma senhora de quase 80 anos ser agredida por um policial, sendo levada ao hospital correndo risco de morte. Um jornalista que apenas cobria os eventos foi internado em estado grave. As cenas correm a internet. A polícia é a primeira resposta à fome, mas a fome leva a novas manifestações, e a revolta é o passo seguinte.
Javier Milei ainda está emparedado por seu recente escândalo com criptomoedas. Um gosta de criptos, o outro, de joias e o pai de ambos, de taxas. Governar cortando na carne do povo é o traço em comum. Entretanto, o povo fala pelas ruas e depois nas urnas. Bolsonaro segue seu calvário; o de Milei completou um ano. O de Trump apenas começou. Mais esperto, a grande esperança ruiva mudou, na prática, o discurso: quer um Estado presente e protetor. Não é o melhor caminho, mas a ficha da população leva tempo para cair. Mas quando cai... costuma vir a galope.
Romeu Zema (Novo) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) e quem mais ambicionar o lugar de Bolsonaro precisam reciclar seus discursos. Enquanto o conflito interno come solto entre a população que elegeu Milei, na China que Milei desprezou, Xi Jinping e seu Estado empreendedor, talvez por pura maldade, já divulgaram o primeiro computador quântico do mundo. Estão no quarto anúncio de uma inteligência artificial mais avançada que a das bigtechs dos EUA, noticiaram a primeira fusão nuclear do mundo e satélites com transmissão mais eficientes que os de Elon Musk.
Ao mesmo tempo, a principal empresa de carro elétrico de Musk foi superada em 2024 pela chinesa BYD, que registrou 4,25 milhões de unidades ao redor do mundo, enquanto a empresa americana alcançou 1,79 milhão. No mês passado, Xi Jinping reuniu-se com os megaempresários chineses para incentivá-los a ganhar dos concorrentes mundiais. Lá, Estado e empresas trabalham juntos e ninguém se importa com o tamanho do outro. Quanto maiores e mais eficientes, melhor será para os chineses. Acorda Brasil!
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