Como prevenir o melasma nesta época de calor
A piora do quadro na primavera e no verão ocorre porque altas temperaturas estimulam a inflamação e a produção de melanina
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Com a proximidade da estação mais quente do ano, as pessoas que têm melasma começam a se preocupar. Trata-se de uma condição dermatológica caracterizada pelo surgimento de manchas escuras, principalmente no rosto. A exposição ao sol mais intenso, somada ao aumento das temperaturas, costuma agravar o quadro, exigindo atenção redobrada nos cuidados diários.
A dermatologista Mariana Scribel explica que o melasma é uma alteração crônica da pigmentação da pele, mais comum em mulheres. A principal característica é a produção excessiva de melanina, o pigmento responsável pela coloração cutânea.
A condição é multifatorial, influenciada por fatores hormonais, predisposição genética e, principalmente, radiação ultravioleta e pela luz visível.
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De acordo com a médica, a piora do melasma na primavera e no verão ocorre porque a radiação solar é mais intensa e as altas temperaturas estimulam a inflamação e também a produção de melanina.
“O calor por si só já pode ativar o melanócito, a célula que produz o pigmento. Por isso, mesmo quem usa protetor solar diariamente pode perceber o escurecimento das manchas nessa época do ano”, afirma Mariana.
Um detalhe que muitos desconhecem é que a exposição solar em qualquer parte do corpo, mesmo quando o rosto está protegido, pode agravar o melasma facial. Isso acontece porque o sol estimula mediadores inflamatórios e hormonais que ativam os melanócitos de forma sistêmica.
Ou seja, se a pessoa toma sol nas pernas ou nos braços, o melasma do rosto também pode escurecer.
A principal estratégia para controlar o problema é a proteção solar rigorosa, que vai além do uso do filtro facial tradicional.
O ideal é usar protetores com cor, que oferecem barreira contra a luz visível, e reaplicá-los a cada três horas ou após suar ou se expor à água. Deve-se usar chapéu de aba larga e óculos escuros.
Nos consultórios, o tratamento pode incluir ativos clareadores, como ácido tranexâmico, niacinamida e ácido kójico, além de tecnologias como peelings químicos e laser, sempre sob orientação médica.
O melasma não tem cura definitiva, mas pode ser controlado com disciplina e constância, afirma a doutora Mariana Scribel.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
