
Combate ao câncer de próstata pelo SUS ganha reforço importante
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS aprovou a adoção, pela rede pública, da prostatectomia radical assistida por robô
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Boa notícia para os homens, relacionada ao Sistema Único de Saúde. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou a adoção, pela rede pública, da prostatectomia radical assistida por robô, útil no tratamento do câncer de próstata.
O procedimento, que consiste na remoção completa da próstata, é o principal tratamento para o câncer quando é localizado ou localmente avançado, informa a repórter Vitória Macedo, da agência Folhapress. Melhor de tudo: trata-se de tratamento curativo. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) espera 77 mil novos casos de câncer de próstata este ano no Brasil. É a neoplasia maligna mais frequente entre os homens.
A decisão da Conitec amplia o acesso à tecnologia minimamente invasiva. Hoje, ela é encontrada majoritariamente na rede privada.
Especialistas apontam que a incorporação da tecnologia robótica apresenta benefícios significativos: menor mortalidade e menos complicações, redução de custos hospitalares, melhora da qualidade de vida dos pacientes, redução significativa do sangramento, recuperação mais rápida, altas hospitalares mais precoces, melhor preservação das funções urinárias e sexuais, menor necessidade de transfusões sanguíneas e redução do tempo de internação
“A tecnologia robótica é mais barata do que a cirurgia convencional porque o paciente complica menos”, afirma Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica . “Menos complicações significam menos custos com internações e reoperações”, diz ele.
Embora a robótica demande investimento inicial em incorporação e implementação, no médio e longo prazo reduz despesas. Estudos e relatórios já demonstram de forma consistente essa superioridade econômica, afirma Pinheiro.
A incorporação do procedimento pode gerar tanto aumento quanto diminuição de gastos para o SUS ao longo de cinco anos, dependendo do número de cirurgias anuais e do ajuste de custos.
Além disso, ele tem potencial para gerar benefícios em cadeia no ambiente de inovação e tecnologia do SUS, incentivando a capacitação de profissionais e a introdução de novos métodos de trabalho.
O próximo passo é definir diretrizes claras para o uso da tecnologia, aponta o especialista Rodrigo Pinheiro.
Será necessário definir, por exemplo, quem poderá realizar a cirurgia robótica, quando ela será indicada e como será organizada a rede para oferecer o procedimento. Atualmente, há 40 robôs em operação no SUS, porém concentrados no Sul e Sudeste.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.