Anna Marina
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ANNA MARINA

Problemas do sedentarismo

O pior desta vida sem fazer nada é que ela cobra com juros altos, o aumento das medidas. Ou seja, engorda-se pra valer

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Um belo dia de minha vida, parei de tanto fazer isso e aquilo e resolvi dedicar meu tempo a descansar. Afinal de contas, estou em uma idade em que o bom é ficar sem fazer nada.

Errei, porque ficar sem fazer nada é desistir da vida. E o pior desta vida sem fazer nada é que ela cobra, com juros altos, o aumento das medidas. Ou seja, engorda-se pra valer. Estou nesta fase – perdi praticamente todas as minhas roupas, porque o peso aumentou como nunca imaginei que pudesse ocorrer.

Lembrei-me do tempo em que ia diariamente à redação deste jornal e eventualmente me encontrava com o doutor Austregésilo de Mendonça, dono de uma clínica de psiquiatria. Ele me olhou com aquele jeito medicinal e decretou que eu deveria engordar rapidamente, pois estava me acabando. Mandou tomar diariamente uma dose de insulina, para aumentar o peso.

Em sua clínica Santa Maria, em jejum, eu ficava dormindo até a hora do almoço, quando voltava para casa para almoçar e descansar mais um pouco. A insulina dá sono. Engordei 5kg em um mês de tratamento, mas o novo peso não durou muito.

Quando era mocinha, pesava exatos 42kg, e assim fui levando – ajudavam a cintura fina e as pernas grossas. Com meu novo peso agora, pensei até em fazer uso dessas injeções que são dadas na barriga, mas meu médico logo desaconselhou.

Piora a situação o fato de estar quase sempre cadeirante, sem poder andar para emagrecer. É claro que na minha idade não posso pesar pouco, para não ficar parecendo que saí do campo de concentração. Mas que gostaria de perder uns quilinhos, bem que gostaria. Não consigo emagrecer. Para dizer a verdade, nem me alimento muito, sou do tipo “suja o prato”.

A graça da história é que, de repente, me lembrei de que não conheço as confecções da cidade, como conhecia antes, para comprar o que preciso para meu corpo atual. Até onde assuntei, as confecções locais diminuíram muito e as que estão muito boas resolveram ter só mostruário por aqui, pois as roupas, em sua maioria, são vendidas para Rio e São Paulo.

Essas pequenas coisas são tão particulares que não interessam a ninguém. Mas quem se vê, repentinamente, sem uma roupa que lhe vista bem, passa bem apertada.

 

 

 

 

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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