

Cafeína tem vários benefícios, mas cuidado: nem todos podem com ela
Substância que estimula o sistema nervoso central deve ser evitada por quem tem pressão alta e problemas cardiovasculares
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Muitas pessoas dizem que conseguem despertar pela manhã somente depois de tomar uma dose de café. “Isso acontece devido à cafeína, fitoquímico com ação estimulante do sistema nervoso central capaz de nos deixar alertas”, explica o médico nutrólogo Nataniel Viuniski, membro do Conselho para Assuntos de Nutrição da Herbalife.
A cafeína também está presente na erva-mate, chá-verde, guaraná e cacau, além de ser vendida como suplemento (combinada ou não a outras substâncias). Ganhou destaque nas últimas décadas por conta de seus vários benefícios.
Em 2004, ela saiu da lista de restrições da Agência Mundial Antidoping e passou a fazer parte das recomendações do Comitê Olímpico Internacional (COI). A seguir, Viuniski dá dicas sobre a substância:
Desempenho físico – Revisão que envolveu 40 estudos publicada no Journal of Science and Medicine in Sport aponta que a cafeína tem capacidade de potencializar a contração muscular e aumentar a tolerância ao esforço físico intenso, ajudando a adiar o cansaço e manter o atleta por mais tempo nas atividades de média e longa duração.
Raciocínio – Por atuar no sistema nervoso central, a cafeína aciona o estado de alerta contribuindo para concentração e foco, além de reduzir o tempo de reação, possibilitando a tomada de decisão mais rápida.
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Dose – Excesso de cafeína pode gerar agitação, insônia e ansiedade, além de taquicardia, pressão alta, azia e refluxo em pessoas com predisposição. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera segura a ingestão de até 400 mg de cafeína por dia para adultos saudáveis e atletas, o que equivale a cinco xícaras de café – cada dose não deve passar de 200 mg. “Ainda assim, é sempre recomendável que a substância seja consumida por meio de suplementos ou alimentos sob a orientação de um profissional de nutrição”, afirma Nataniel Viuniski.
Efeito analgésico – O composto bioativo acompanha fórmulas de alguns medicamentos para dores de cabeça e musculares, pois otimiza efeitos dos analgésicos no organismo. A substância é indicada por alguns profissionais de saúde para ser consumida entre quatro e seis horas depois do final da atividade física, a fim de reduzir a dor de início tardio que surge nos dias seguintes ao exercício.
Emagrecimento – A substância pode aumentar a atividade de enzimas que disponibilizam a gordura do corpo como combustível por meio da produção de calor sobre os tecidos (termogênese), atuando no aumento temporário do metabolismo. “Sozinha, a cafeína não faz milagre. É imprescindível reduzir as calorias com dieta e manter o metabolismo ativo com a prática de exercícios físicos”, destaca o méico nutrólogo Nataniel Viuniski.
Contraindicações – Pessoas com histórico de pressão alta e outros problemas cardiovasculares não devem consumir cafeína, mesmo em alimentos. Quem sofre com quadros de gastrite deve evitar a substância, pois ela tem ação irritativa em contato com a mucosa. Outra contraindicação vai para indivíduos com ansiedade e insônia. Nessas situações, a orientação do médico ou nutricionista é indispensável.