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Anna Marina
Anna Marina

Os gatunos que entraram na minha casa já preparavam novos furtos

Por sorte, o filho de uma das minhas acompanhantes estava lá, de motoca. No meio da confusão, parou-a na frente do carro da bandida, que não pode sair

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Contei ontem como perdi todas as minhas joias, furtadas por uma ex-acompanhante. Acontece que ela não estava sozinha. Furtar joias é mais fácil, basta uma bolsa grande ou uma sacola. Objetos domésticos é mais complicado, pede tempo e transporte diferentes.

 

 


Como passei praticamente um mês no hospital, minha casa ficou na semivigilância da família e dos funcionários. Vazia, o que a transformava em atração para quem gosta de roubar. E foi isso o que aconteceu.

 

 


Um de meus funcionários veio trabalhar e achou a casa virada pelo avesso, papelada espalhada, gavetas no chão, o diabo. Telefonou para minha irmã, que mora perto. Quando ela chegou, não teve dúvida: ligou logo para a Polícia Civil, que veio prontamente. Policiais constataram não só que estava tudo preparado para o furto, como o ladrão estava lá, com seu carro parado em minha porta, para carregar minhas coisas.

 


Meus melhores bens – como o faqueiro de prata, uma gaveta já separada para ser levada – estavam no chão. O pessoal da polícia deu a busca por todos os cômodos e viu que não era a primeira vez que a roubalheira seria cometida. Quando foram à delegacia para comprovar o furto, encontraram várias peças de cozinha em cobre que eu trouxe de Portugal, material que adoro para trabalhos domésticos.

 

 


Espera daqui, espera dali, os gatunos chegaram, abriram a porta e foram entrando, tipo “a casa é sua”. Os policiais resolveram fazer pesquisa nos vizinhos para colher mais informações. Na casa do lado esquerdo, de um general do Exército, o guarda simplesmente contou que não estava destacado para vigiar a vizinhança. A casa da direita estava sem ninguém, os moradores fora. Quer dizer, vigilância compartilhada com vizinhos não existe. Mas conseguimos imagens das câmeras da casa seguinte.

 


Os policiais levaram os gatunos, mas enfrentaram resistência. A ladra entrou no carro parado na porta de minha casa, dizendo que nada tinha a ver com a coisa, que iria trabalhar em um hospital da região. Por sorte, o filho de uma das minhas acompanhantes estava lá, de motoca. No meio da confusão, parou-a na frente do carro da bandida, que não pode sair.

 

 


Com os dois gatunos presos, na delegacia houve nova dúvida: chamado para ratificar a prisão, o juiz negou sua assinatura. Foi necessário chamar outro, que aceitou a prisão como legal. Comprovação lógica: nem toda invasão de residência é tida como ilegal por algumas personalidades da lei. Outra: nem todo policial deixa o gatuno livre, para evitar trabalho.

 


Resultado do transtorno: um de meus sobrinhos, que trabalha em empresa de arquitetura, chamou uma firma de segurança para vistoriar a casa e dar seu parecer sobre o assunto. Resultado: a casa é muito segura, o único ponto a ser vigiado é o muro da rua, além dos portões de entrada, com chave. O que, seguramente, foi providenciado.

 


Agora, com a segurança até os dentes, eu quero ver quem se atreve.

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