

A vida não tem replay
Tirei 30 dias de férias, precisava descansar. Viajei com quatro amigas, curtimos muito. Isto é a vida: o poder da amizade
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Retornei de 30 dias de férias. Posso afirmar que estou renovada. Tentei me lembrar da última vez que consegui ficar tanto tempo na maré mansa, sem me preocupar com nada, compromisso nenhum. Não consegui.
Há muito tempo não sentia o prazer de responder “nada”, quando alguém me perguntava “o que você vai fazer hoje?”. Parece bobagem, mas para quem estava exausta como eu, é muito bom. Se não parasse, pifaria. Ainda bem que ouvi meu corpo a tempo. Se você me perguntar o que fiz nas férias, respondo com tranquilidade: quase nada. Precisava, de fato, descansar.
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Fui para o meu sítio, em Santa Luzia. Passei uma temporada por lá com minha irmã ajeitando a casa que nossa mãe construiu e, com sua partida há pouco mais de um ano, passou a ser nossa. Por covardia ou falta de forças, não tínhamos mexido em nada. Só fizemos a doação das roupas e sapatos. Neste início de ano, começamos a colocar o espaço com a nossa cara.
Aproveitei alguns dias e fui para o Rio de Janeiro com quatro amigas. Há um bom tempo não passeava por lá. Fui à festa de 50 anos da Arezzo, mas foi aquela viagem tipo bate e volta. Passear no calçadão, almoçar fora, jantar, teatro, show e, o principal, jogar conversa fora sem preocupar com tempo e horário, acho que foi quando levei minha filha para conhecer a Cidade Maravilhosa, que continua linda mesmo. Isso faz mais de 15 anos.
Fomos conhecer a Casa Roberto Marinho. Os jardins são lindos, tinha uma exposição do arquiteto e artista plástico Ascânio MMM, cujo trabalho é muito bonito. Algumas salas apresentavam obras do Acervo Roberto Marinho selecionadas por Ascânio, entre elas trabalhos de Amilcar de Castro.
Percebi a frustração dos visitantes em não ver nada do fundador do Grupo Globo. Quando se vai à casa de alguém, como, por exemplo, à casa de Freud ou de Shakespeare, espera-se encontrar coisas que contem um pouco da história da pessoa. Eles pecaram em não deixar uma sala com exposição permanente sobre a vida de Roberto Marinho e o escritório dele montado. Isso já bastaria. No local há apenas um grande arcaz da família. Um dó.
Fomos ao Roxy Dinner Show. Não estávamos dando muito pelo programa, mas foi ótimo. Jantar muito gostoso antes e show que mostra a cultura do nosso Brasil, com excelentes cantores e bailarinos. É para turista? É. Tipo Lidô e Moulin Rouge, mas é para brasileiros também. Saímos de lá com orgulho de ter algo de tão alto nível por aqui.
Como é bom viajar com amigas queridas, excelentes companheiras de viagem. Porque é um risco – afinal, só conhecemos de verdade a pessoa quando viajamos com ela. Essas quatro coloquei no topo da lista. Já marcamos nova viagem, agora com destino internacional.
Curtimos muito. Um dia, depois da caminhada, nos sentamos em um quiosque em Ipanema para um pouco de sombra, água de coco, petiscos e vinho geladinho. O local estava cheio, gente linda, animada. Mais tarde, um grupo de jovens – rapazes e moças lindos de morrer, pareciam modelos – foi à nossa mesa elogiar nossa animação e o fato de aproveitarmos a vida com amigas. Afirmaram que querem chegar à nossa idade com a nossa energia. Fomos inspiração.
Isto é a vida: o poder da amizade. Quantas pessoas já nos inspiraram? Agora chegou a nossa vez. Por isso é tão importante cultivarmos amizades, nos encontrarmos, vivermos intensamente. Como diz amiga muito querida, “a vida não tem replay”.
* Isabela Teixeira da Costa/ Interina