Açúcar -  (crédito: Pixabay)

Açúcar

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Existem muitos mitos e dúvidas sobre o açúcar e o tratamento do câncer. Mas o que os pacientes realmente precisam saber sobre o açúcar para ter certeza de que estão recebendo a melhor dieta durante o tratamento? Nesse artigo, tentaremos esclarecer as principais dúvidas e estabelecer as melhores orientações, de acordo com as evidências científicas mais recentemente disponíveis.


Que tipo de açúcar é melhor para pacientes com câncer?


É importante compreender a diferença entre os tipos comuns de açúcar e como eles afetam o corpo humano. Açúcares adicionados, que podem incluir adoçantes artificiais, açúcar mascavo, glicose e xarope de milho rico em frutose, são encontrados em bebidas e alimentos processados.

 


A recomendação para os pacientes com diagnóstico de câncer e também para a população em geral é a de não ingerir mais do que a quantidade recomendada de açúcar adicionado. A Sociedade Americana do Coração recomenda até seis colheres de chá de açúcar adicionado por dia para mulheres e até nove colheres de chá por dia para homens. Não mais do que 10% do total de calorias diárias devem vir de açúcares adicionados. Isso porque o açúcar adicionado pode levar ao ganho de peso indesejado, o que pode causar outros problemas de saúde e aumentar o risco de câncer.


Os açúcares naturais, encontrados em frutas e grãos integrais, são escolhas melhores para pacientes com câncer. Estes são chamados de carboidratos complexos. O corpo humano os decompõe e os transforma em açúcar. O organismo processa carboidratos complexos a um ritmo mais lento do que o açúcar de bolos, biscoitos, tortas e doces. O açúcar presentes em doces como esses não precisa ser decomposto e pode aumentar o açúcar no sangue.


Picos de açúcar ao longo do dia são deletérios para a saúde. Com o tempo, picos repetidos de açúcar no sangue podem causar doenças cardíacas, renais, vasculares e em outros órgãos-alvo. Por esse motivo, a melhor fonte de açúcar deve vir de frutas e grãos integrais.

 

O açúcar faz o câncer se espalhar?


Absolutamente não. O corpo não funciona assim. Cada célula do nosso organismo usa glicose, uma forma de açúcar, e isso inclui as células cancerígenas. Mas o corpo não seleciona células cancerígenas e decide dar o açúcar a essas células. Nem o faz nas células saudáveis. Portanto, essa ideia trata-se de um mito sem qualquer respaldo científico. O real problema propiciado pelo açúcar é que ele consiste basicamente em calorias nutricionalmente “vazias”. Consequentemente, é melhor consumir vitaminas e nutrientes que ajudem o corpo a se manter forte durante o tratamento do câncer.

 

É preciso cortar todo o açúcar da dieta?


Eliminar todo o açúcar da dieta pode ser desafiador e irrealista para se sustentar a longo prazo. Não é preciso se adotar uma abordagem de tudo ou nada. Moderação é fundamental. Se sabemos que vamos a uma festa e queremos comer uma fatia de bolo, isso é perfeitamente aceitável. Devemos apenas nos certificar de que a maior parte do que consumimos durante o dia inclui um equilíbrio entre frutas, vegetais, proteínas e grãos integrais.

 

Os adoçantes artificiais são saudáveis?


Os adoçantes artificiais devem ser limitados. Esses substitutos sintéticos do açúcar podem conter zero calorias, mas isso não significa que sejam saudáveis. Eles não oferecem nenhum benefício nutricional e podem ter efeitos negativos para a saúde, como a alteração da flora intestinal e da concentração de insulina. É melhor limitar os adoçantes artificiais ou consumi-los com muita moderação.

 

Os adoçantes naturais podem ser consumidos?


Adoçantes naturais como mel, tâmaras, passas e agave são frequentemente considerados alternativas saudáveis ao açúcar. Mas os benefícios para a saúde não são suficientemente inequívocos para fazer diferença na nossa dieta. Os adoçantes naturais contêm alguns antioxidantes, vitaminas e minerais, mas são quantidades muito pequenas. Portanto, sem impacto significativo na nossa saúde.


O mais importante é que os pacientes com câncer consumam açúcar com moderação e mantenham uma alimentação balanceada, que inclua sempre nutrientes necessários para que se mantenham com a saúde equilibrados para receber seu tratamento oncológico.