
Mundo reage às tarifas de Trump
As respostas de aliados históricos dos Estados Unidos, como Canadá e União Europeia, evidenciam a escalada nas tensões comerciais
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Para surpresa de ninguém, o mundo se mobiliza para responder às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afetam uma ampla gama de produtos. O Canadá anunciou penalidades de 25% sobre diversas mercadorias americanas – aço, alumínio, computadores e equipamentos esportivos, entre outros itens – no valor de US$ 20,8 bilhões. De seu lado, a União Europeia implementou contramedidas avaliadas em US$ 28 bilhões, e que atingem produtos como uísque, jeans e até as clássicas motocicletas Harley-Davidson.
No Brasil, que dispõe de menos armas para enfrentar a agenda protecionista de Trump, a ordem do dia é “negociar”, conforme assegurou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De qualquer forma, as respostas de aliados históricos dos Estados Unidos, como Canadá e União Europeia, evidenciam a escalada nas tensões comerciais, o que deverá conduzir a economia global para uma nova era de incertezas.
“A mesa de negociação já está aberta”
Fernando Haddad - Ministro da Fazenda, ao comentar as tarifas de Donald Trump sobre o aço e o alumínio do Brasil. Segundo Haddad, o interesse do governo é negociar e não retaliar
Tarifas dos EUA ameaçam siderurgia, mas impacto no PIB será mínimo
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o aço brasileiro podem resultar em perdas de US$ 1,5 bilhão para a siderurgia do país, como efeito direto da redução de 11% nas exportações do setor. No entanto, o impacto, embora significativo para a indústria, teria um efeito insignificante no PIB, com uma queda estimada de apenas 0,01%, além de uma retração de 0,03% nas exportações totais do Brasil.
TikTok Shop antecipa chegada ao Brasil e acirra disputa no e-commerce
O TikTok Shop antecipará sua entrada no Brasil para abril, acelerando a expansão na América Latina após um lançamento bem-sucedido no México, em fevereiro. A plataforma oferecerá frete grátis e 90 dias sem comissão para lojistas, além de já ter iniciado convites para um grupo de comerciantes testarem o serviço antes da abertura ao público. No Brasil, o TikTok Shop deverá desafiar empresas como Magazine Luiza e Americanas, acirrando a concorrência em um mercado já bastante disputado.
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Superávit brasileiro com Argentina cresce e chega a US$ 711 milhões no bimestre
Em fevereiro, o Brasil registrou um superávit de US$ 384 milhões no comércio bilateral com a Argentina, consolidando sete meses consecutivos de saldo positivo. O resultado foi impulsionado pelo aumento de 53% nas exportações para o país vizinho, que somaram US$ 1,4 bilhão, com destaque para o setor automotivo. No primeiro bimestre de 2025, o superávit alcançou US$ 711 milhões. O presidente da Argentina, Javier Milei, tem reclamado da predominância brasileira na relação comercial.
15%
é quanto subiu, em fevereiro, o preço do ovo de galinha nos supermercados brasileiros, segundo o IBGE. A inflação dos alimentos causa cada vez mais preocupação
Rapidinhas
- Com a ajuda da tecnologia e de ações de prevenção à fraude, a Rodobens reduziu em 27% o cancelamento de cotas de consórcio em 2024. Entre as iniciativas adotadas pela empresa estão a implementação de inteligência artificial para a checagem de informações, a biometria facial e a perícia documental, o que elevou a segurança nas operações.
- A farmacêutica suíça Roche firmou um acordo de US$ 5,3 bilhões com a dinamarquesa Zealand Pharma para desenvolver e vender o petrelintide, um medicamento experimental para obesidade. Trata-se do maior licenciamento da história nesse segmento. As empresas compartilharão lucros e perdas nos Estados Unidos e na Europa.
- A americana Scopely, uma das maiores desenvolvedoras de games do mundo, firmou um acordo de US$ 3,5 bilhões para comprar a Niantic, criadora do clássico jogo Pokémon Go. A Niantic, sediada nos Estados Unidos, está vendendo sua divisão de jogos porque tem outros interesses: a ideia é focar os negócios em inteligência artificial.
- A Puma, empresa alemã de artigos esportivos, anunciou um programa de redução de custos que inclui a demissão de 500 funcionários em diversos países e o fechamento de lojas que não são lucrativas. A medida ocorre após previsões decepcionantes para o primeiro trimestre de 2025, atribuídas à fraca demanda na China.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.